Não somos nem desejamos ser profetas da desgraça, mas somos forçados a recordar o que alertamos aquando da construção do viaduto das Cachadas.
Alertamos e sugerimos para os perigos que daí adviriam no entroncamento da rua das Cachadas com a E.N.13, alertamos e até sugerimos a implantação, nesse local, de uma rotunda como solução de extrema utilidade e funcionalidade, ou então a simples sinalização horizontal que no mínimo dos mínimos se impunha, e evidentemente ainda continua a impôr-se, a exemplo do que se passa em todos os cruzamentos e entroncamentos de toda a extensão da E.N.13 desde Viana do Castelo a Carreço.
Esta narrativa vem a propósito de mais um acidente que infelizmente ocorreu precisamente no entroncamento de que falamos. Acontece que estamos perante um facto que apesar de não ser novo, era expectável e racionalmente dado como adquirido que a frequência dos acidentes fosse evoluir não só quantitativamente, pois após a realização da obra do referido viaduto, a isso conduziria, e efetivamente a sua frequência tornou-se muito mais acentuada em virtude do aumento de tráfego que o novo viaduto originou.
Estamos, portanto, perante um problema que não sendo novo, está a ser severamente agravado, daqui resulta que é urgente pôr termo a tal situação para bem principalmente dos utilizadores da rua das Cachadas, mas não só unicamente para estes, mas para todos os utentes da referida rua, a qual foi num passado recente excelentemente requalificada, no entanto não é de modo algum concebível eliminar um problema e as mazelas deste agravarem direta e consideravelmente outro.
Não podemos de forma alguma ter eliminado uma guilhotina que ceifou vidas humanas dos nossos conterrâneos, referimo-nos à eliminada passagem de nível das Cachadas, e permitir que agora se faça a transferência dos acidentes dela para o entroncamento da E.N.13.
Estamos a falar de um local onde raramente se verificavam acidentes, é certo, porém agora são um problema latente a que urge pôr termo imediato através da respetiva análise, estudo e ponderação para resolução do problema, seja com rotunda ou com sinalização horizontal, mas uma coisa é irredutível, algo tem de ser realizado e tudo isto deve ser tratado com respeito e com a brevidade que o assunto requer e a gravidade impõe, não permitindo que o caso seja mandado para o memorial do esquecimento ou da indiferença, em prejuízo direto de todos os respetivos utentes desta via, ou seja, está aqui em causa a defesa dos valores da vida humana.