Na sequência da manifestação que impediu o abate de plátanos na Avenida do Cabedelo, a Associação de Moradores e Câmara Municipal reuniram para encontrar uma plataforma de entendimento.
A Associação de Moradores apresentou uma proposta alternativa à localização da rotunda projetada, que evitava o abate dos plátanos da berma norte. Contudo a Câmara Municipal entendeu que a solução não era viável, porque implicaria o custo adicional da expropriação de 3.000 metros quadrados de terreno e não assegurava o espaço de manobra para veículos de transporte especial.
No sentido de mitigar a perda ambiental e paisagística, ficaram acordadas as seguintes contrapartidas: classificação das árvores como interesse municipal; elaboração do projeto paisagístico da Avenida do Cabedelo; construção de passeios e novo tapete de asfalto em toda a Avenida, com envolvimento da Associação nas obras; rearborização da Avenida do Inatel; novo estudo das infraestruturas de Portugal sobre a ponte Eiffel; e arborização da nova estrada. O abate dos plátanos fica suspenso até à formalização do memorando de entendimento, que deve verificar-se nos próximos dias.
Entretanto, a Plataforma em Defesa das Árvores (que reuniu mais de 3.000 assinaturas para impedir o abate), discorda desta posição, por entender que “está em causa um crime ambiental que nenhuma medida pode compensar”.