Procissão da Festa em Honra do Senhor do Cruzeiro e das Necessidades

Numa situação de normalidade social, isenta de cumprimento obrigatório de medidas de saúde pública que atualmente estão em vigor em Portugal, neste último domingo, dia 25, teria decorrido a celebração normal da grandiosa procissão em louvor do Senhor do Cruzeiro e das Necessidades, cumprindo o itinerário escolhido há alguns anos. Aquele compreende um percurso de cerca de mil e quinhentos metros de ida e volta desde a igreja paroquial até ao Largo Capitão Gaspar de Castro, o centro urbano da freguesia. Porém, tal como sucedeu no ano transato, a celebração do ano em curso ocorreu de modo totalmente diferente, sendo que o ato principal e razão das festividades se converteu, provisoriamente, numa simbólica deslocação por todos os lugares da freguesia de uma imagem, em formato menor, do Senhor do Cruzeiro e das Necessidades numa viatura de caixa aberta, tal como ocorreu na última sexta-feira com a imagem de Nossa Senhora de Fátima, na procissão de velas.

Assim, seguindo um itinerário pré-estabelecido saiu da igreja paroquial, pelas 15h, um séquito constituído por duas viaturas antigas de caixa aberta. A primeira levava a Comissão de Festas e a Cruz da Confraria e o pároco da freguesia, padre Daniel da Silva Rodrigues, e a outra seguia com a imagem de Jesus Cristo Ressuscitado sobraçando a Cruz do Sacrifício. O objetivo era levar a toda a comunidade lanhesense uma mensagem de fé e crença católica cristã.

Sobre um extenso tapete de flores, com corações moldados a sal laboriosamente preparado pelas famílias residentes durante toda a manhã de domingo, a procissão automóvel entrou no sentido descendente na Avenida Rio Lima pelo Largo Capitão Gaspar de Castro, derivando depois a poente pela Rua da Agra, cumprindo o trajeto previsto. Para percorrer os demais lugares serão necessárias algumas horas quiçá até depois do sol se despedir do dia.

Valeu a devoção e a crença cristã dos seus promotores para persistir e manter viva a tradicional manifestação de louvor ao Senhor do Cruzeiro e das Necessidades, cuja imagem representativa se venera na Capela, datada de 1756, com uma fachada icónica figurativa religiosa de reconhecido valor artístico, o ex-libris da freguesia de Lanheses.
Que seja este o derradeiro “arranjo” de uma celebração centenária com a fama e o prestígio que a elege como uma das romarias mais emblemáticas e concorridas do Alto Minho.

OBRAS CEMITÉRIO
Interrompidas durante largos meses, foram reiniciadas as obras de ampliação do cemitério da freguesia, aproximando-se da sua conclusão a breve prazo. Como aqui já foi noticiado, o alargamento foi feito no sentido norte/poente do atual, estendendo-se agora num espaço de algumas dezenas de metros ao longo da Rua da Estrada da Corredoura, dando lugar a uma pequena praça entre a estrada e as entradas de acesso pela estrutura acrescentada. A obra incluiu a ligação do saneamento à rede geral.

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