“Rua a Brincar” completa um ano de existência

O projeto “Rua a Brincar” completou, no último fim de semana de julho, um ano de existência. A coordenadora frisava que “conseguimos atingir um ano de existência” e garantia que o balanço era “muito positivo”. Rehana Jassat anunciava a integração do projeto no Gabinete Cidade saudável.

“Vamos continuar com quatro sessões semanais. À segunda-feira na Abelheira, à terça no Cabedelo, à quarta em Monserrate e quinta-feira na Cidade Nova”, explicava. Acrescentando que “tudo é possível graças ao apoio do município. Isto começou com um projeto piloto, mas como teve tanta adesão, o Muncípio achou que fazia todo o sentido continuar a apoiar. As iniciativas são todas gratuitas graças a este apoio”.

O projeto Rua a Brincar surgiu da necessidade de promover as brincadeiras na rua e juntar a comunidade, “cada vez temos mais adesão”, diz a coordenadora. No final do primeiro ano, os números apontam para a participação de mais de  mil crianças nos diversos encontros. No último domingo de cada mês, a iniciativa promovia um “Play Day” e nesses [só se realizaram oito devido à pandemia] juntaram, em cada um, mais de 600 crianças.

“O projeto começou por ter intenção de trazer as crianças para a rua, porque era algo que nós fazíamos. Eu tenho 34 anos e sempre brinquei na rua”, diz a promotora. Rehana manifesta ainda que “esta foi uma dinâmica que se perdeu há pouco tempo. E sendo Viana uma cidade segura, pensamos em fazer um projeto neste âmbito”. O objetivo passa por proporcionar às crianças oportunidade de “brincar livremente”. “Queremos que tenham, desde a autonomia até à mobilidade, mais liberdade”, frisa.

Aberto para todas as idades, a única exigência é que os menores de três anos fiquem acompanhados por um responsável. As regras são as da boa convivência. Os facilitadores estão presentes apenas para “garantir a segurança e ajudar. Por exemplo, há crianças que querem subir a uma árvore. Nós estamos lá para ajudar”.

Se no início havia crianças que não brincavam com outras crianças, um ano depois a interação é “completamente diferente”. A mãe Fabíola Guerreira notou isso mesmo. “A Noa não brincava com outras crianças e agora é uma criança muito sociável”, diz. Acrescentando que “estamos desde o início e já procurávamos algo deste género há muito tempo. Nós gostámos muito do contacto com a natureza e queríamos que a nossa filha brincasse na rua com outras crianças que não são os colegas da escola”, comentava a venezuelana Fabíola Guerreira.

Aberta a todos os vianenses e à comunidade migrante, o “Rua a Brincar” conta com a participação da comunidade brasileira. “Temos tido também bastante adesão de crianças da comunidade migrante, principalmente da brasileira, que já tem esta dinâmica de brincar ao final do dia e abraçou o Rua a Brincar de forma muito boa”, informa Rehana Jassat.

Em setembro regressam as atividades semanais do Rua a Brincar e o Play Day de final do mês no Jardim da Marina.    

Item adicionado ao carrinho.
0 itens - 0.00

Ainda não é assinante?

Ao tornar-se assinante está a fortalecer a imprensa regional, garantindo a sua
independência.