“Sente a História” com mais de 240 artistas

Viana do Castelo acolhe, entre hoje, dia 06, e domingo, dia 09, quatro ações no âmbito do projeto “Sente a História”, organizado pela CIM Alto Minho.

Hoje e amanhã, pelas 22h, o Centro Cultural de Viana do Castelo acolhe concertos com mais de duas centenas de músicos que vão apresentar Missa Tango e Lenda de D. Sapo, em eventos de entrada livre, mas com levantamento de bilhete obrigatório, já possível no Teatro Sá de Miranda.

Depois, sábado e domingo, dias 08 e 09, às 16h, terão lugar visitas guiadas e animadas “Sente a História”, no Museu de Artes Decorativas.
Nos concertos, o elenco será composto por Arte Sinfónica – Orquestra ARTEAM, Coro Intermunicipal do Alto Minho, VianaVocale, Cátia Moreso – mezzo soprano, Furio Zanasi – barítono, William Sabatier – bandoneón, Vitor Lima – maestro dos coros, Ernst Schell – maestro. David Martins é o autor do conceito e diretor técnico, unindo mais de 240 artistas.
No total, vão participar, nos coros dos dois concertos, 162 vozes, a Orquestra Arte Sinfónica marcará presença com 75 músicos e o maestro será acompanhado por três solistas. Só a equipa técnica rondará os 25 elementos, face à envergadura dos espetáculos.

A obra Canção da Lenda de D. Sapo que será estreada neste concerto, pertence a um conjunto de 11 obras corais encomendadas pela CIM Alto Minho no âmbito do projeto “Sente a História” a compositores de referência, baseadas nas Lendas do Alto Minho – uma de cada concelho e ainda o Hino do Alto Minho.

A Canção da Lenda de D. Sapo baseia-se na lenda de Cardielos e foi escrita pelo cantor repentista vianense Augusto “Canário” e a música composta por um dos principais compositores portugueses na atualidade: Eurico Carrapatoso.

LENDA
DE D. SAPO

Segundo a lenda de Cardielos, um nobre que por lá dominava – Dom Florentim (apelidado pelo povo de D. Sapo) – tinha o habito de exigir aos seus súbditos o “direito da primeira noite” ou “direito de depernada” – onde, todas as noivas recém-casadas, passariam a primeira noite com ele, antes mesmo de se deitarem com os seus maridos. O povo submetia-se a esta prática aviltante por medo das represálias ou por dependência.
Até que apareceu um jovem noivo de Cardielos que não estava disposto a partilhar a noiva. Convenceu os anciãos a ir falar com o Rei. Chegados lá, disseram ao monarca que havia um sapo em Cardielos que andava a perturbar tudo e todos, ao que o mesmo terá respondido que o matassem à sacholada e o povo assim fez.
Quando os nobres, amigos de D. Florentim, denunciaram ao rei o homicídio, seria de esperar um fim trágico para os autores da ação. Contudo, sua majestade teve de engolir em seco pois, havia passado um alvará autorizando a erradicação do sapo. A astúcia e irreverência do jovem noivo triunfou e, em Cardielos, nunca mais nenhuma noiva foi obrigada a dormir com o senhor feudal.

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