Sofia Matos liderou Associação de Vila Franca durante sete anos

A vilafranquense Sofia Matos deixou a presidência da Associação Cultural e Recreativa de Vila Franca em janeiro deste ano, depois de sete anos no cargo. O balanço é “positivo” e reconhece a importância das atividades executadas por este organismo.

Apesar de ser sócia da Associação desde criança, por iniciativa dos pais, Sofia Matos não era um elemento ativo na Associação. Contudo em 2015 foi desafiada a assumir a candidatura à presidência. “Fui convidada por um elemento da direção anterior à minha e aceitei o desafio. Os meus pais inscreveram-me como sócia quando era muito pequena, mas por circunstâncias da vida nunca estive ligada ao associativismo. Fiz parte do grupo folclórico enquanto criança, mas isso ia na companhia dos pais”, salienta. 

Com o foco no rancho folclórico, a Associação promove também uma caminhada noturna, na altura de 01 de novembro e colabora com a Comissão da Festa das Rosas. Anteriormente, teve também uma componente desportiva. “O motor da Associação é o rancho folclórico e teve durante alguns anos um pelouro do desporto, não com muita atividade, mas muito relevante, na área do BTT”, informa.

Atualmente, as atividades são orientadas na organização do Festival de Folclore, por alturas da Festa das Rosas, a colaboração com a organização do Festival Internacional de Folclore do Alto Minho e a preservação das tradições. “As associações são importantíssimas para a divulgação da cultura junto dos mais novos”, constata Sofia Matos. Acrescentando que na sua presidência estabeleceram parcerias com outras associações locais e o atual presidente, Nuno Dias, dá continuidade. “O atual presidente, Nuno Dias, está a dar continuidade às parcerias que estabelecemos, nomeadamente com a Comissão de Festas, o Moto Clube Foz do Lima, o grupo de Escuteiros, o grupo organizador do Super Rosas Music Fest. Também tivemos a ajuda de 40/50 elementos que não estão ligados a nenhuma coletividade, mas ajudam-nos na organização da caminhada”.

Sofia Matos reconhece o ativismo de Vila Franca e não esquece a relevância da Festa das Rosas. “A comunidade mobiliza-se” na organização e participação. Aquela dá conta de que “há muita gente que escolhe o período de férias por alturas das festas”.

Tal como todas as mulheres daquela freguesia também Sofia Matos carregou, aos 19 anos, um cesto durante o cortejo e a procissão. “Eu não consigo descrever em palavras a emoção que se sente a levar um cesto. No fundo, podemos conotar essa situação como a passagem da meninice para a idade adulta”, revela.

A tradição passa de geração em geração e o bordar os cestos é uma tarefa da família. “Os cestos são confecionados pela família e amigos. Agora há umas exceções, mas até aos anos 2000, o bordar o cesto era uma atividade quase exclusiva dos homens e às mulheres cabia-lhes outras atividades, como preparar as refeições e espetar o alfinete no botão. A apanha das flores também é da responsabilidade das mulheres”, observa.  

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