Teatro do Noroeste (CDV) apresenta programação

Dentro daquele profissionalismo a que já nos habituou, mas sempre em crescendo, no passado sábado, dia 12, o CDV deu a conhecer publicamente o que vai ser a sua atividade no ano em curso.

Com a segurança própria de quem sabe que tem obra realizada e que, com humildade e muito trabalho, prepara com confiança o futuro, o Teatro do Noroeste, pela voz de Ricardo Simões, o Diretor Artístico da Companhia, apresentou um programa de trabalho que, para além de dar continuidade a muitas e marcantes vertentes, como é o caso do FITEI – Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica (17, 18 e 19 de maio), o intercâmbio entre companhias de teatro, ou o Festival de Teatro de Viana do Castelo (10 a 18 de novembro), tem previsto a sua produção própria, composta por quatro peças: “Os Ovos Misteriosos”, a partir de Luísa Ducla Soares (06 de fevereiro a 09 de março); “Rottweiler”, de Guillermo Heras (27 de março a 13 de abril); “O Bojador”, de Sophia de Mello Bryner (09 a 26 de outubro); e, em parceria com A Comuna – Teatro de Pesquisa, o “Almocreve e o Diabo”, de Fialho de Almeida (04 a 14 de dezembro). Mas, a 23, 24 e 25 de janeiro ainda há a possibilidade de ver, para quem não a viu ou a quiser rever, a peça “Estalajadeira”, de Carlo Goldoni, uma bela produção do CDV, a que aqui já nos referimos.

Muito e muito teatro, muito intercâmbio com as grandes companhias teatrais do país e do exterior, trazendo até nós, entre muitas, companhias bem conhecidas, como o Teatro Guirigai – Badajoz, (22 de fevereiro), a Companhia de Teatro de Braga (29 de junho), ou a Comuna – Teatro de pesquisa – Lisboa (20 de julho), deslocando também o CDV a vários pontos do país e de Espanha, demonstrando assim que o teatro só pode singrar nesta prática de cooperação, trocando experiências, apresentando novidade e consolidando públicos, sem esquecer que há novos públicos para trazer ao teatro.

Para além disso, entre tantas outras coisas que constituem um ano de grande dinamismo da companhia, o CDV vai continuar a dar vida às diversas oficinas que tem a laborar no seu seio, o Ativasénior, o Ativajúnior e o Enquanto Navegamos, e vai manter, ou iniciar em parte, o seu serviço educativo, com os seminários, os digestivos – conversas com o público no fim dos espetáculos –, as visitas guiadas, o Ver com as Mãos, para cegos e ambliopes, Workshops, etc.

Um vastíssimo programa, que consta de um bonita publicação, tratada graficamente pelo Rui Carvalho, apresenta-nos um trabalho rico a levar a cabo pelo CDV, ao longo de 2019, que se aconselha seja bem observada. No Teatro Sá de Mirando ainda poderá ser adquirido algum exemplar. Foi apresentado com grande brilho, a que se seguiu um espetáculo de encanto, “Desconcerto” – Clarinetes Ad Libitum. Para mais tarde recordar.

Profissionalismo que baste, gentes do CDV. Desde há muito que estava feita a aposta do teatro em Viana, mas agora está-se, verdadeiramente, na fase da consolidação. GFM

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