TOP mais e menos de uma alimentação saudável

O dia (8 de novembro) escolhido pela Comissão Europeia para assinalar o Dia Europeu da Alimentação e da Cozinha Saudáveis (mais uma iniciativa integrada numa campanha de combate à obesidade nos Estados-Membros da União Europeia) é, na nossa opinião, muito feliz, porque a nossa alimentação é diretamente influenciada pela forma como cozinhamos os alimentos. Não se pode falar de alimentação saudável sem uma arte de cozinhar assente em princípios também eles saudáveis.
Num país como Portugal, onde o Acidente Vascular Cerebral (AVC) é ainda a primeira causa de mortalidade, relembramos uma vez mais os seus fatores de risco: a hipertensão arterial, a fibrilhação auricular, a diabetes, a obesidade, a dislipidemia, o sedentarismo, o tabagismo, entre outros. A grande maioria destes fatores de risco é modificável pelos hábitos e estilos de vida dos portugueses, sendo elevado o impacto positivo da alimentação e da atividade física na saúde.
A Dieta Mediterrânica que integra a lista do património imaterial da UNESCO salvaguarda um conjunto de princípios orientadores em matéria de alimentação que, mais do que promotor de saúde, é património cultural e identitário do nosso país. Em jeito de TOP + e TOP -, deixamos um conjunto de orientações simples para uma alimentação e cozinha mais saudáveis, para um Portugal com mais saúde e menos AVC.
Top +
– Mais água;
– Mais fruta;
– Mais hortícolas (mais sopa);
– Mais cereais integrais (arroz, massa, pão, entre outros);
– Mais produtos vegetais da época (respeitar a sazonalidade);
– Mais produtos frescos de produção local;
– Mais produtos lácteos com menos gordura;
– Mais peixe;
– Mais carnes brancas;
– Mais azeite;
– Mais cozidos e grelhados;
– Mais ervas aromáticas e especiarias para tempero e confeção;
– Mais refeições por dia, mas pequenas;
– Mais pequenos-almoços ricos e completos;
– Mais atividade física em “mais” ar livre.

Top –
– Menos sal e produtos salgados;
– Menos açúcar e alimentos açucarados;
– Menos bebidas alcoólicas;
– Menos alimentos processados e pré-confecionados;
– Menos fritos, assados e refogados com muita gordura;
– Menos carne e gordura animal;
– Menos quantidade de alimentos no prato (escolha um prato mais pequeno);
– Menos desperdício alimentar;
– Menos atividades sedentárias.

Sandra Alves

Médica e Nutricionista
Membro da Sociedade Portuguesa do AVC

Foto: Despositphotos

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