Tríduo Pascal vivido na comunidade

Pelo segundo ano consecutivo a nossa comunidade católica celebrou o Ritual da Páscoa sob os condicionalismos impostos pela pandemia de Covid-19, o que equivale dizer que uma vez mais foi grande a frustração de todos quantos costumavam viver estes dias especiais do Ano Litúrgico com especial entrega na participação no Tríduo Pascal da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor, no entanto convém recordar que o ano passado a restrição foi muito maior, pois as celebrações pascais realizaram-se apenas nos ambientes das igrejas domésticas, isto é, em ambiente de família, na considerada a grande Igreja Familiar.

Na Páscoa deste ano de 2021 estamos novamente em confinamento, agora pela segunda vez, mas desta vez temos a nosso favor duas mais-valias preciosas, a própria experiência entretanto adquirida e a vacinação da população em curso iniciada no fim do ano passado. Este cenário permitiu que o Tríduo Pascal fosse realizado no seu local habitual, isto é na nossa igreja paroquial, tendo em total consideração o cumprimento por parte de todos os participantes das normas impostas pela Direção Geral da Saúde (DGS) para o controlo da pandemia, bem como as normas com o mesmo fim emanadas pela CEP, Conferência Episcopal Portuguesa.

A Semana Santa para os Católicos é chamada de Semana Maior, a qual na nossa Freguesia teve início na tarde de Quinta-feira Santa com a celebração da Missa da Ceia do Senhor, a Última Ceia onde Cristo instituiu a Eucaristia e nos pede para nos amarmos uns aos outros.
A missa foi celebrada pelo pároco, P. Doutor Domingos Vieira, aliás todo o Tríduo esteve a seu cargo, no final da missa deu a bênção do Santíssimo aos fiéis seguindo-se o recolhimento em silêncio profundo de todos.

Na Sexta-feira Santa, o Tríduo teve continuidade com a Adoração da Santa Cruz. O Papa recorda a todos que é “um amor que se estende em todo tempo e em todo lugar: uma fonte inesgotável de salvação a que cada um de nós, pecadores, pode recorrer”.

No Sábado Santo, ao fim da tarde, teve lugar a Vigília Pascal com a bênção do lume novo, a proclamação da Páscoa e a renovação das promessas do batismo.

Todas as cerimónias Pascais foram realizadas até ao domingo de Páscoa, exatamente neste dia e na segunda-feira de Páscoa foi que se sentiu o grande efeito do condicionamento que estamos a viver, pois como as leis determinam não houve o tradicional compasso com a visita de Cristo Ressuscitado à casa de todos quantos a desejassem ter.

Lamentamos, mas compreendemos que a pandemia a isto obrigar pelo segundo ano consecutivo. Não se realizar esta manifestação de fé e de salutar convívio, tão rica e querida do povo que a tem como tradição popular, foi simplesmente sofrível, mas tendo em linha de conta em relação ao ano passado o quanto evoluímos consideravelmente na realização das celebrações, já foi sem dúvida reconfortante e compensador.

Agora é necessário ter-se esperança e a Páscoa é isso mesmo um tempo de esperança. Assim para o ano esperamos que o compasso Pascal volte para acontecer o convívio salutar das comunidades nesta quadra festiva do ano e pelas ruas das nossas aldeias, vilas e cidades se volte a anunciar Cristo, o Ressuscitado, Aleluia.

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