Seis dos sete candidatos a bastonário da Ordem dos Advogados estiveram em Viana do Castelo a apresentar as linhas gerais dos programas. As eleições vão acontecer no final deste mês.
O debate aconteceu nas instalações da delegação de Viana da Ordem dos Advogados, contando com a presença de cerca de 100 causídicos. O presidente da delegação da Ordem, Luís Louro, explicava que a delegação decidiu organizar o debate um mês antes das eleições. “O que se pretende é ouvir o que os colegas têm a dizer. Espera que este debate possa esclarecer”, diz Luís Louro.
Rui Silva Leal manifestava a importância de fazer os debates e lamentava que a Ordem e os advogados tenham sido alvo de “humilhação” nos últimos tempos. O candidato fazia referência aos “atos gratuitos que temos de prestar”.
Varela de Matos explicava que era um repetente nas eleições e informava que “destes candidatos só três é que nunca estiveram lá”.
O candidato Paulo Pimenta criticava o atual bastonário e também candidato, lamentando que “não tenha cumprido o mandato”, assegurando que “atualmente a ordem não é respeitada e a culpa é do Conselho Geral e do bastonário”. Paulo Pimenta defendeu ainda que o apoio judiciário deve ter um concurso público de acesso e que os advogados devem ser pagos por avença, um modelo que a maioria dos restantes candidatos recusou.
Candidato pela primeira vez, Paulo Valério dizia que “a falta de influência e de prestigio” da classe “não resulta apenas da posição isolada do bastonário”.
O atual bastonário manifestava que “nós defendemos os advogados”. Menezes Leitão dava exemplos do ocorrido durante a pandemia, na defesa dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos. “Durante a pandemia tivemos de defender os profissionais”. Argumentando ainda que “não me choca nada que haja sete candidatos. Significa que a Ordem está viva”.
A única candidata mulher defendia a necessidade de defender a classe. Fernanda de Almeida Pinheiro questionava “como é que esta classe se gosta de auto sabotar?”. Acrescentando que “a Ordem dos Advogados precisa de defender os advogados”.