Vila Franca e a Covid-19

Com o fim do Estado de Emergência e a passagem para o Estado de Calamidade, entramos em tempos de desconfinamento, de descompressão, e, paulatinamente, vamos tentando voltar ao normal.

Como em muitas outras localidades, tivemos e temos de tudo um pouco! Pessoas muito solidárias e responsáveis e outras nem tanto. Atividades que não foram afetadas pelas medidas restritivas e outras que viram reduzido, de forma muito significativa, o seu volume de negócios.

Comerciantes que, mesmo antes da imposição das regras higiénico-sanitárias, optaram pelo encerramento dos estabelecimentos comerciais e aqueles que face às disposições estabelecidas, acataram de imediato. Houve quem não sendo obrigado ao encerramento entendeu ser, por uns tempos, esse o melhor caminho e quem, mesmo em caso de risco, só parasse por imposição das forças de segurança.

Dos maiores locais de convivência na freguesia, os cafés-bar, cumprindo com as regras vigentes, nomeadamente o distanciamento físico, reabriram as portas ao público na passada segunda -feira, dia 18. É bom que assim seja para que todos possamos reencontrar amigos e pôr as conversas em dia, depois deste isolamento.

Mesmo sem nunca ter parado, a floricultura foi e é, um setor que se ressentiu com a aplicação das medidas em torno da Covid-19. Sendo uma indústria de forte implantação local, o fecho dos mercados e feiras, o cancelamento de festividades e o fecho de cemitérios e igrejas afetou, de forma significativa o comércio das flores. Devido, em grande parte, aos mercados de maior predominância de cada um dos(as) floricultores(ras), este facto efetou mais algumas explorações que outras havendo, por inerência, uma diferenciação entre os prejuízos causados a cada exploração.

De entre as medidas que mais afetaram aos portugueses, a que mais “doeu” foi a realização das cerimónias fúnebres. Independentemente da origem do óbito, é muito triste para familiares e amigos verem-se privados de dar o último adeus. De acompanhar até à última morada, os restos mortais de alguém por quem têm um sentimento particular, de alguém que lhes diz muito. Doi, doi muito, mesmo, ver os nossos familiares e/ou amigos serem sepultados envolvidos em materiais que, se não são, parecem plásticos! Face à situação pandémica, compreende-se e, com algum aperto no coração, aceita-se. Como costuma dizer-se: tem que ser e o que tem de ser, tem muita força! Que valha o sacrifício.

Em todos os nossos gestos, transmitimos ideias, princípios e valores, para os que nos observam. Dentro das possibilidades e consciência individuais, devemos assimilar que a melhor forma de transmitirmos as nossas ideias é através do exemplo, das nossas ações.

Que importa se, constantemente bradamos, clamamos contra os maus hábitos se praticamos esses mesmos maus hábitos? Se essas atitudes são o “pão nosso de cada dia”, do nosso quotidiano? Que esta fase sirva, também, para tirarmos ensinamentos. Façamos das nossas ações o maior e melhor exemplo daquilo que queremos. Sabemos que as indicações para evitar o contágio do coronavírus, emanadas das autoridades competentes têm sido objeto de alguns reparos, porém, tenhamos a consciência de que estamos perante uma doença nova, de consequências imprevisíveis e que todos os conselhos são baseados em conhecimentos daquela hora, naquele exato momento. Que isto não sirva para descurarmos a nossa defesa e a do nosso semelhante.

Durante este período pandémico, tivemos a oportunidade de ver responsáveis a falar dos perigos desta doença planetária e/ou a entregar material de proteção e desinfeção sem utilizar os indispensáveis EPI (Equipamento de Proteção Individual).
Com a passagem do Estado de Emergência para o de Calamidade, as regras foram atenuadas, porém, o vírus ainda não morreu. E anda por aí pronto para atacar ao mais pequeno descuido. Quanta maior for a nossa responsabilidade, maior deve ser o nosso exemplo. Nunca façamos aos outros o que não gostaríamos que nos fizessem a nós.

ÓBITOS
No dia 17 do passado mês de abril, com 78 anos de idade, faleceu MANUEL COUTINHO ALVES, morador, que foi, no caminho de Figueiredo, nesta freguesia. Era casado com Rosa Martins da Rocha Alves e tinha 8 filhos dos quais nasceram 21 netos e 10 bisnetos.

Em maio: No dia 07, com 77 anos de idade, faleceu BERNARDINO BARBOSA GONÇALVES PEQUENO, morador, que foi, no caminho da Quinta das Machadas, nesta freguesia. Deixa viúva Elisabeth N. Queimado Serra e era pai de duas filhas, de quem tinha dois netos.
No dia 10, com 89 anos de idade, faleceu MARIA DA SILVA BARROS, moradora, que foi, no caminho da Estrada Velha, nesta freguesia. Era viúva de Leandro Rodrigues Viana de quem teve cinco filhos, um(a) dos quais um já falecido(a), que lhe deram oito netos e cinco bisnetos.

No dia 10, com 64 anos de idade, faleceu, em França, JOSÉ ABREU DE SÁ. Era casado com Ana Maria Miranda Pereira, tinha três filhos e dois netos.

No dia 14, com 80 anos de idade, após doença prolongada, faleceu MARGARIDA MEIRA DE BARROS. À data da sua morte vivia com o seu único filho, na Estrada de Manuel Espregueira.

Após as exéquias fúnebres os restos mortais foram a sepultar em campas das respetivas famílias, no cemitério de Vila franca.

Às famílias enlutadas, apresentamos as nossas mais sentidas condolências.

Item adicionado ao carrinho.
0 itens - 0.00

Ainda não é assinante?

Ao tornar-se assinante está a fortalecer a imprensa regional, garantindo a sua
independência.