Melgaço recebe de hoje até 04 de agosto, uma residência cinematográfica e fotográfica. O “Plano Frontal” é o nome da iniciativa inserida no MDOC: Festival Internacional de Documentário de Melgaço. Desde a primeira edição do festival que a
residência, totalmente gratuita, recebe jovens estudantes ou recém graduados de
cinema e de fotografia que têm vindo a produzir um arquivo audiovisual sobre o
município de Melgaço, em total liberdade criativa e estética.
O objetivo da residência Plano Frontal é contribuir para um arquivo audiovisual sobre
o património imaterial de Melgaço através do registo das histórias e das memórias da
região, para que estas não se percam entre o tempo e o esquecimento.
A selecção dos participantes faz-se através de candidaturas abertas, na procura de
uma diversidade de olhares sobre o território. Desde 2014, a residência já acolheu
participantes oriundos de vários países além fronteira. De Itália, Brasil, Filipinas… mais
do que um barreira linguística que poderia dificultar a relação com as gentes locais,
cada projeto procurou e encontrou a sensibilidade e a universalidade da linguagem
imagética.
O realizador Pedro Sena Nunes, orientador da residência, diz que “a pertinência deste
projecto está justamente nesse ponto de encontro de saberes, na força dos olhares e
das escutas”, mas também que “é na dificuldade dos ritmos e das contrariedades
vividas que nasce o desafio de cada edição, uma espécie de descoberta do
desconhecido”.
No total, ao longo dos últimos seis anos, já foram produzidos 24 documentários e 15
projetos fotográficos. Os resultados da residência de 2018, serão apresentados agora,
durante o festival, com estreia marcada de cinco filmes para a sessão de abertura, dia
29 de Julho, na Casa da Cultura de Melgaço, e a exposição de três projetos fotográficos
em diversos espaços da cidade.
O MDOC Festival Internacional de Documentário de Melgaço é organizado pela
Câmara Municipal de Melgaço em parceria com a AO NORTE – Associação de Produção
e Animação Audiovisual desde 2014, e pretende promover e divulgar o cinema
etnográfico e social, refletir sobre identidade, memória e fronteira e contribuir para
um arquivo audiovisual sobre a região.