No dia 04 de janeiro, na Quinta de São João, em Santa Marta de Portuzelo, reuniram-se autarcas de sete concelhos do distrito, funcionários da nova empresa de gestão de água (Águas do Alto Minho) e ainda o ministro do Ambiente. A empresa, que iniciou este mês a concessão das águas municipais de Viana do Castelo, Caminha, Vila Nova de Cerveira, Valença, Paredes de Coura, Arcos de Valdevez e Ponte de Lima, emprega mais de 100 trabalhadores e vai investir, nos próximos três anos, 33 milhões de euros.
“Nós conseguimos agregar todos os funcionários que manifestaram vontade para entrar neste desafio”, respondia o administrador da Águas do Alto Minho. Carlos Martins explica que cerca de 87% dos trabalhadores, dos vários municípios, afetos a esta atividade transitaram para a nova Entidade. Contando atualmente com 120 trabalhadores, o administrador esclarece que precisam de mais 20. “Durante seis meses, os municípios mostraram abertura para disponibilizar os funcionários que não integraram a empresa”.
O autarca vianense falava, em representação dos sete autarcas, e deixava uma mensagem de incentivo para o novo ano e para a nova entidade. “Nada melhor do que começarmos o ano com um novo desafio e um projeto de futuro”, dizia. José Maria Costa explicava que “respondemos a um desafio do ministro do Ambiente e do secretário de Estado, hoje administrador da empresa”. O autarca socialista salientava que “aceitamos este projeto, porque achamos que estamos a fazer algo de melhor para os nossos concelhos”.
A nova entidade abrange 104 mil clientes, distribuídos por sete concelhos do distrito de Viana do Castelo. Carlos Martins assegurava que, dos 33 milhões de investimento nos próximos três anos, 13 são para renovação de redes e redução de perdas. O valor atual de desperdício de água situa-se nos 40%, e o administrador quer que, no prazo de dois anos, seja reduzido para 30%. “Temos desafios muito importantes para o sistema funcionar melhor”.
O ministro do Ambiente falava que “todos temos a mesma camisola”. João Pedro Matos Fernandes referia-se ao facto de funcionários, administradores e autarcas terem vestido uma t-shirt azul da empresa, com o slogan “A água que corre em nós”. O ministro considerava que a junção dos municípios nesta nova entidade foi “uma decisão difícil, mas certa”. Matos Fernandes afirmava que a “água não é um bem de Deus, é um bem económico e por isso temos de gerir melhor esse bem”.
A Águas do Alto Minho é detida em 51% pela Águas de Portugal (AdP) e em 49% por sete municípios do distrito de Viana do Castelo (Arcos de Valdevez, Caminha, Paredes de Coura, Ponte de Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira), que compõem a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho. Três concelhos do distrito, Ponte da Barca, Monção e Melgaço, não aderiram à nova Entidade.