A exposição abriu no passado dia 07 deste mês, para perdurar até ao dia 30. O local, para visitar exposições, não pode ser melhor. Em plena Praça da República, ao lado da igreja da Misericórdia, em espaço reduzido e por isso acolhedor, permitindo fruir bem a arte, tanto mais que, regra geral, o que aí se expõe é quase sempre merecedor de observação atenta.
Américo Carneiro é um artista de créditos, com um longo tempo no exercício da pintura, expondo com muita regularidade os seus quadros, nos quais, quase sempre, prevalece o desconhecido, o oculto que procuramos em cada um deles, permitindo as mais variadas interrogações, para as quais nem sempre encontramos respostas. Mas esta é a maior vantagem do pintor. Quando este nos prende de imediato pelo colorido, com cores quentes bem combinadas, surge depois a outra parte, que é descortinar o sentido do que está pintado.
Poderíamos assim dizer que estamos perante um pintor misterioso, mas não é o caso, porque Américo Carneiro não mais pretende do que fazer gostar da sua arte, interpretando-a com sentido lógico.
Américo Carneiro é natural de Ponte de Lima. Estudou Direito na Universidade de Coimbra e licenciou-se em Estudos Portugueses e Espanhóis na Universidade Católica Portuguesa.
É pintor, ilustrador, escritor, conferencista e poeta.
Como pintor, expõe as suas obras amiúde – nas áreas da aguarela, desenho e óleo – desde 1984, ano no qual se apresentou com assinalável êxito na IV Bienal de Arte de Vila Nova de Cerveira. Está representado em diversas coleções públicas e privadas, em Portugal e no estrangeiro.