Adriano e Iria completam 75 anos de casados

Santa Marta de Portuzelo viveu um momento singular, no pretérito dia 06, assistindo à comemoração dos 75 anos de casamento do Sr. Adriano Corgo e D. Iria Parente, ele com 99 anos e ela com 94. Às 15h30 foi concelebrada uma Eucaristia na igreja paroquial, presidida por D. Anacleto, bispo de Viana do Castelo. Os filhos, que são nove aqui e a Glória, que a todos ama na Casa do Pai; os netos, entre nós 16 e o André já a desfrutar da alegria celeste e 22 bisnetos, com outro em gestação, bem que encontram nos seus pais, avós e bisavós o ‘antibiótico’ adequado a superar as enfermidades que vêm atacando a solidez do casamento.

A boa disposição e o brilho no olhar deste belo casal não enganam. Amam-se, amaram-se e continuam a amar-se. São felizes, foram felizes e felizes continuarão. Às suas vidas acrescentaram mais e frutuosas vidas e aí residirá, provavelmente, uma boa parte da resposta à desafiante pergunta que D. Anacleto colocou na sua homilia: «Como é que eles conseguiram?» Foi um bispo encantado com o acontecimento que a todos maravilhou com a própria resposta. «Eles casaram na hora certa», na hora e na idade certa, disse.

«Tinha o Adriano 24 anos e a Iria menos cinco. Um dos males que torna impossível fazer 75 anos é casarem muito tarde, em idade já avançada». A par disso, os filhos que foram nascendo e que foi necessário criar, dando-lhes proteção e educação. Alega o senhor bispo que muitos filhos contribuem para a longevidade do casamento, precisamente pela ocupação dos pais em acompanharem o seu crescimento. Mas acrescenta que a comunhão entre marido e esposa aumenta sempre que vem um filho: «naturalmente, se olharem para o filho como fruto do amor que têm um para com o outro.»

Mas tudo isto é possível porque há outras coisas que contribuem: a saúde (vêem bem; ouvem bem) e, a presença, por trás, de Alguém. Na circunstância, D. Anacleto enalteceu a feliz coincidência da mensagem contida na Liturgia da Palavra do dia, Dia de S. Nicolau (Pai Natal), informando que as leituras não foram escolhidas e que falam da fé profunda e da paz. Por um lado, da mensagem da Palavra extraiu a comparação da solidez da fé do casal, à da segurança duma casa de quem «construiu sobre a rocha». Com efeito, Adriano e Iria não se limitaram «a ouvir a palavra, mas a pô-la em prática, como se vê pela educação na fé dos filhos e sua passagem aos netos». Por outro, o nome da noiva, Iria, que significa paz e é mais uma feliz coincidência com a liturgia do dia, em que, na profecia do hino de Isaías se refere que a paz nasce de quem tem uma grande confiança em Deus. São sinais que nos levam a poder ver nos mistérios e dizer que Deus deu a paz. Que é Alguém que está por trás.

Por fim, D. Anacleto abençoou o casal e as suas alianças que, de seguida, emocionado, beijou, nas mãos do Sr. Adriano e da D. Iria, declarando que são um modelo, uma lição para nós, numa época em que o casamento está tão banalizado.

A terminar, o pároco, padre Christopher, manifestou a sua gratidão ao senhor Bispo, por presidir à Eucaristia e disse do seu «grande júbilo por este momento tão belo e de grande alegria por sermos testemunhas». Ofereceu uma lembrança, em nome da comunidade, tendo D. Anacleto contemplado D. Iria e Sr. Adriano com um terço do Rosário para cada, a mando do papa Francisco, para oferecer em momentos especiais.

Seguiu-se um convívio no Centro Paroquial, com convite extensivo a todos os presentes.
O A Aurora do Lima congratula-se com este momento, comungando da alegria do casal e dos seus familiares e fica na esperança e expectativa dos 100 anos do sr. Adriano, já em janeiro.

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