Assembleia de Freguesia provoca agitação

Com uma longa ordem de trabalhos, decorreu, em duas sessões noturnas (a primeira terminou à 1h30 da madrugada), mais uma assembleia de freguesia de Darque.

Uma vez mais, os membros do Executivo anterior e atual, aproveitaram a oportunidade para um ajuste de contas sobre a gestão dos destinos da Junta, dificultando a condução dos trabalhos por parte do presidente da Mesa. Houve mesmo uma ocasião, em que a reunião esteve suspensa por cinco minutos, para que os ânimos serenassem.

Antes da Ordem do Dia foi discutido o caso do ofício enviado pela Câmara Municipal à Associação de Reformados, manifestando a intenção de proceder à demolição do edifício sede da coletividade, por não haver licenciamento para as obras efetuadas.

Joaquim Ferreira, presidente da Associação, esclareceu que todas as obras foram executadas com conhecimento da Junta, que é proprietária do edifício e que a Câmara tem ajudado a instituição financeiramente. Depois de vários elementos terem manifestado tristeza e apreensão, foi aprovada uma moção de repúdio pela decisão municipal, com os votos a favor da CDU e PSD, contra do PS e abstenção do CDS.

Foram também aprovadas, por unanimidade, moções de congratulação e apoio pelas comemorações do 25 de Abril e do 1º de maio. Entretanto não foi aprovada uma moção de solidariedade para com o povo da Venezuela, que registou seis votos a favor e seis contra. No voto de qualidade, o presidente da Mesa desempatou, votando contra a moção.

O presidente da Junta deu conhecimento à assembleia, de que reuniu com a direção da Estradas de Portugal, tendo sido informado que, tecnicamente, é possível a construção da rotunda do Martins, faltando, no entanto, o projeto da Câmara Municipal. Disse, também, que foi solicitado ao Município a circulação de um mini-autocarro elétrico, em Darque e que para o viaduto entre a SIRD e o cemitério, existem três soluções.

O PS aconselhou o Executivo a não entrar em colisão com a Câmara Municipal e a “não utilizar o Boletim Informativo para perseguir pessoas”. Sobre as acusações que a Junta atual fez ao anterior Executivo no último Boletim, relacionadas com o estado de máquinas e ferramentas, o PS afirmou que se tratava de pequenas anomalias e que os equipamentos “estavam funcionais”.

Na votação do Relatório e Contas de 2018 e do Orçamento de 2019, o PS absteve-se e as outras forças políticas aprovaram.

A Junta apresentou à assembleia uma proposta para alterar a toponímia da freguesia, com a atribuição de três nomes a arruamentos: Avenida Barqueiros, de Darque, Rua Visconde, de Darque e Rua Nova Era. A proposta foi aprovada por unanimidade, com a substituição da Rua Visconde, de Darque por Rua dos Ferroviários darquenses por iniciativa da CDU. Os comunistas sugeriram que em futura reunião fosse efetuado o estudo e revisão da toponímia.

Por último foi apresentado à assembleia o desenho da ampliação do cemitério, em duas fases. O assunto provocou um debate acalorado com o acual Executivo a afirmar que não conhecia o projeto e com o PS a dizer que o presidente da Junta viu na Câmara todo o processo. A discussão terminou com a aprovação de uma moção (que não contou com a participação do PS) em que se solicita a presença de um técnico da Câmara Municipal para, em sessão pública, apresentar o projeto aos membros da assembleia e à população.

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