Navio oceânico já navega nos mares do Norte

O MS World Explorer, de 70 milhões de euros, partiu no início deste mês, na viagem inaugural, rumo a Reiquiavique, Islândia, para uma viagem de 13 dias, com 180 passageiros alemães a bordo para uma viagem aos mares do Norte até à Gronelândia.

Trata-se do primeiro navio oceânico construído na totalidade em Viana do Castelo.
O navio MS World Explorer, um investimento de 70 milhões de euros da Mystic Invest de Mário Ferreira, é o primeiro de uma série de três já encomendados. Foi batizado em abril nos estaleiros da WestSea e deveria ter zarpado em maio, mas a partida só aconteceu a 01 de agosto.

“Quando se está a desenvolver um protótipo de uma série que se quer construir, é normal que os atrasos aconteçam. São navios muito específicos e muito evoluídos tecnicamente que requerem um conjunto de testes e de provas, após a construção, que são bastante demorados”, disse, à Lusa, o empresário que partiu de Viana do Castelo a bordo do World Explorer até à capital da Islândia.

No início de setembro, o navio parte para os Fiordes da Noruega e para o mar do Norte. Depois regressa a Portugal para “preparar a travessia transatlântica até ao Brasil, a caminho da Antártida onde o navio português irá realizar cruzeiros de expedição, no final deste ano”.

O navio tem 126 metros de comprimento, 19 metros de largura e 4,7 metros de calado, oito pisos, sendo que seis são para os 200 passageiros e 110 tripulantes.

Mário Ferreira acrescentou que a “experiência” adquirida com este “protótipo” vai ser importante na construção do segundo navio da série, “em fase avançada”, também em Viana do Castelo. “Tem de estar em atividade em maio de 2020 porque já estão bilhetes vendidos para essa altura”, destacou, referindo-se ao MS World Voyager. Já o MS World Navigator deverá começar a operar em 2021.

A construção destes dois navios representa um investimento de 165 milhões de euros, financiado pelo ICBC Leasing, Banco Industrial e Comercial da China.

“Precisamos de pessoas que percebam de mecânica, eletricidade, carpintaria. Durante anos, o nosso ensino não estava muito orientado para essas áreas. O que se tem notado é que os bons mecânicos, eletricistas e carpinteiros já estão com alguma idade e muitos a pensar a reforma os mais jovens são poucos. ”, referiu, ainda, Mário Ferreira., a propósito da formação de quadros intermédios.

Foto: Olhar Viana

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