A igreja Matriz de Alvarães está encerrada ao culto desde o dia 12 de junho, por motivo de obras, prolongando-se estas, provavelmente, por mais dois ou três meses.
As obras de pintura, restauro e recuperação estão entregues a uma empresa especializada de Braga.
A igreja vai ser pintada no seu todo, teto e paredes, e receberá outras melhorias como levantamento das alcatifas, colocação do altar-mor mais próximo dos fiéis e ainda a mudança do Sacrário para uma das capelas laterais. É uma obra necessária há tempos, principalmente o teto que dava sinais de desgaste causado pelo tempo e pela humidade que o telhado deixava entrar.
Ficará, de certeza, um templo mais acolhedor e mais consentâneo com o movimento religioso aqui vivido.
As cerimónias religiosas da paróquia de Alvarães foram, entretanto, transferidas para a igreja de S. José Operário, no lugar da Costeira.
Lembremos que a igreja Matriz de Alvarães, em forma de cruz latina, tem 42 metros de comprimento, da capela-mor ao pórtico principal. De frontaria elegante em estilo barroco, com nicho do padroeiro, o arcanjo S. Miguel, obra do mestre canteiro Emídio Lima, de Vila de Punhe.
A sua frontaria coberta a azulejo faz-nos lembrar um belo tapete de Arraiolos. No seu interior, para além do altar-mor, há ainda mais seis altares laterais todos em talha dourada. Realce para a tribuna, altar-mor, ambão, credência e suportes de dois querubins onde a arte barroca sobressai de modo evidente e muito bela.
Este templo foi benzido no dia 27 de junho de 1937 por D. António Bento Martins Júnior, Arcebispo Primaz de Braga, como dá nota uma placa evocativa no interior da igreja, junto ao pórtico de entrada. Chama-se também a atenção para um dos altares laterais, o do Senhora da Boa Morte, todo em estilo Renascença. Na altura da construção, ou melhor recuperação, porque ali já existia a igreja velha, o povo de Alvarães empenhou-se afincadamente nas obras das sua igreja matriz com ofertas de dinheiro, madeiras, andaimes, carros para o transporte de materiais e mão de obra.