Palavra de cidadão

Foi no começo deste mês de outubro que ainda dura, que, endereçado à direção do Jornal “A Aurora do Lima”, chegou o relato crítico que será partilhado nalgumas das próximas linhas. O mesmo é da autoria do cidadão Manuel Portela e segue de seguida:
“Acuso a receção da sugestão do vosso Jornal de 30 de setembro em que solicita soluções para assuntos que veja necessidades de serem resolvidos.

Vou aproveitar a sugestão para apresentar uma situação que se verifica no Cabedelo, que considero a sala de visitas desta localidade e que se refere à situação dos arbustos que aqui foram plantados.

Não são tratados, não são podados, uns estão tombados sobre os outros e é este o embelezamento que se vê na sala de visitas do Cabedelo onde foi erguido um muro que nos tira a visão do mar.

Agora que temos nova Junta, embora com o mesmo presidente, solicito que esta situação seja resolvida para ao Cabedelo, beleza dar, e se possível os visitantes possam encontrar um local de bem estar, com arbustos podados e bem tratados, próprios da beira mar, para bem de Darque e dos seus visitantes.”

Lido e interpretado o escrito, surgiram dúvidas e questões. Sentiu-se que parte do partilhado carecia de explanação. Faltava ouvir o Sr. Manuel Portela. Apenas assim se poderia saber que zona e que pedaço de vegetação teriam merecido a observação escrita. Urgia perceber qual o “muro que nos tira a visão do mar”.

A conversa decorreu de forma fluída. Amável e simpaticamente, o Sr. Manuel pôde transmitir as informações da maneira mais precisa, ajudando a desfazer as incertezas até então mantidas.

É no limite da Avenida do Cabedelo, bem no espaço de estacionamento ali sito, que se localizam os exemplos descritos.

Por aí param todos aqueles que pretendam aceder a alguns dos lugares e/ou estabelecimentos limítrofes. Por lá estacionava quem pretendesse “dar de caras” com o mar e o horizonte, fazendo-lhes o culto, contemplando ambos. Assim era no passado, segundo o Sr. Manuel Portela. Notou-se-lhe desencanto ao constatar não conseguir, hoje em dia e a partir do respetivo veículo, fazer o que fazia antes de erguido o tal “muro” de que se lamenta. Atualmente, o “fragmento” que “tira a visão do mar” é parte que integra a reabilitação finalizada ao abrigo do programa Polis Litoral Norte, obra cuja inauguração formal reporta já a 2015, de acordo com registos publicados pelos meios de comunicação da Câmara Municipal de Viana do Castelo.

A ínfimos metros, e nos lugares mais centrais daquele parque de estacionamento, estarão os arbustos que “não são tratados, não são podados”. A este respeito, a expetativa de angariar informações positivamente interessantes levou “A Aurora do Lima” a procurar o presidente da Junta de Darque. Embora frisando a ideia de aquela não ser uma faixa coberta pela ‘jurisdição’ da Junta de Freguesia, Augusto Silva tratou de realçar que não estará descartada a possibilidade de vir a realizar-se intervenção na vegetação em causa, a suceder, provavelmente, em época próxima, momento de uma expectável menor afluência popular.

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