“Um Natal 2022 mais cauteloso”

O país atravessa algumas dificuldades, e este Natal vai ficar marcado por alguma instabilidade no panorama económico associado à inflação e às incertezas com a guerra na Ucrânia. Segundo um estudo da aplicação de pagamentos “Klarna”, num total de 17 países, os portugueses são os mais cautelosos nos gastos associados às festas de Natal. Em conversa com alguns cidadãos vianenses, constatamos que a poupança é a palavra de ordem.

Glória Presa, de 63 anos, admite que este ano só as crianças vão receber os presentes. “Este Natal vou reduzir bastante. Aliás, na minha família ficou combinado que os presentes serão só para as crianças. E a ideia é serem mesmo coisas úteis, nada de brinquedos. Este ano é assim”, conta.

Um ano em que os portugueses revelam querer planear melhor os gastos, Isabel Antunes de 49 anos, salienta que “vai ser igual aos outros anos. É só a família direta e normalmente os valores rondam sempre os mesmos, cerca de 500€. As minhas compras foram todas no comércio local. Temos que apoiar estes negócios”. 

Negócios locais e tradicionais que, muitas vezes, são esquecidos durante o ano recebem agora a opção da maioria. Desta forma, Maria Pinto, de 65 anos, diz que compra no comércio tracicional. “Gosto muito de andar na rua, e aproveito sempre para comprar e ajudar o comércio tradicional. Eles precisam e o atendimento é diferente, mais próximo. Gosto de oferecer sempre coisas úteis, e o mesmo peço às pessoas. Hoje não podemos estar a oferecer por oferecer”. 

A optar por oferecer uma quantia monetária aos familiares, Manuel Bastos, de 82 anos, garante que “normalmente dou sempre uma quantia aos meus filhos para eles comparem o que quiserem seja para eles e para os meus netos”, acrescentando que “eu já dou muito durante o ano. Gosto sempre de presentear os meus netos e felicitá-los”.

Com 18 anos, Diana Neto, salienta que “reduzir no número de prendas não vou, mas vou optar por preços mais baratos e dentro do valor estipulado. Só costumo oferecer à família mais próxima e será como nos outros anteriores”. Apesar de optar por prendas mais simbólicas, Eduarda Rodrigues, de 19 anos, diz que “vou optar por prendas mais simples, dentro do meu orçamento, claro. Mas o que vou oferecer já depende de cada pessoa, gosto de dar algo que a pessoa quer mesmo ou necessita no momento”.

Bruna Passos de 24 anos, refere que “costumo sempre comprar as minhas prendas nos centros comerciais. Para mim é um local onde há mais opções e um leque de variedade, e é mais fácil para trocar”. 

O natal de 2022 será mais cauteloso nas famílias portuguesas face a todo o panorama, contudo as tradições natalícias mantém-se e a magia que esta época traz continuará a brilhar.   

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