Vianense vai atuar, dentro de um mês, nos Estados Unidos

Rafaela Alves, 25 anos, com o nome artístico de RAFAÉLLA vai atuar, no próximo dia 20 de maio,  nos Estados Unidos da América (EUA), nos International Portuguese Music Awards (IPMA). Na categoria de “Novo Talento”, a areosense vai atuar com a música original “onde nasce o rio” .

“Criei a letra, a harmonia. Fiz os acordes e o arranjo de cordas. Sabia que queria ter um arranjo de cordas a tocar. Nunca tinha feito um arranjo, porque é preciso ter bases de orquestração, que nunca tinha tido, mas eu sabia que a única pessoa que conseguia reproduzir aquilo que estava na minha cabeça era eu, e por isso tive de aprender. Fui estudar como se escreve para violino e para violoncelo e demorei imenso tempo a fazer aquele arranjo, mas consegui fazer exatamente aquilo que tinha em mente e fui eu também que produzi”, conta Rafaela Alves.

Filha de pais músicos, enveredar por esta área era “inevitável”. Desde criança que o palco era algo natural para esta jovem. “Em criança fazia concertos em cima da mesa da cozinha, organizava espetáculos e cobrava bilhetes”, diz. Acrescentando que “não tive um momento em que decidi que queria estudar música, sempre soube que ia por esta área. Tinha muito claro na minha cabeça, porque os meus pais são músicos, o meu irmão também e via que fazer música não é só cantar canções, implica muito trabalho. Via-os a trabalhar, ensaiar, planear. E isso fez-me ter uma visão mais real da indústria da música”. 

Depois de frequentar a Escola de Música do Alto Minho seguiu para o ISMAI onde aprofundou os conhecimentos em piano e ao mesmo tempo frequentou o curso secundário em canto jazz. Integrando o grupo Contraponto há oito/nove anos, Rafaela Alves admite que este agrupamento foi “a melhor escola que podia ter”.

 “Onde nasce o rio” é, na opinião da artista, “uma chamada de atenção. Imagino como se tudo estivesse a acontecer no mundo, e eu pequenina a tentar chamar a atenção às pessoas. Se olharmos para a natureza está lá tudo e estão lá todas as respostas. Este mundo funciona de uma forma tão mágica, porque o rio traz a água que vai para o mar. Está tudo num funcionamento tão perfeito. Quem somos nós para achar que temos de fazer alguma coisa. E acho que é isso que quer dizer. Pára para ouvir o som das ondas a dançar, porque cada gota daquela água vem do outro lado do mundo. Tu não páras para pensar que estás a ver um milagre à tua frente”.

Para ir aos Estados Unidos vai precisar de ajuda. Nesse sentido, apela às empresas e entidades públicas para ajudar. “Se algumas empresas ou entidades públicas quiserem ajudar-me com os custos da viagem, agradeço porque o IPMA não tem capacidade de custear as viagens. O orçamento deverá rondar os 1500 euros”, explica. Acrescentando que o evento vai ser transmitido na RTP Internacional.

Recorde-se que o IPMA premeia músicos luso-descendentes em várias categorias: Novo Talento; Videoclipe Musical do Ano; Instrumental; World Music; Tradicional; Fado; Dança/Rap/Hip-Hop; Rock; Pop; Música Popular e Canção do Ano e é promovido por um empresário vianense, Manuel DaCosta.  

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