575 Dias Depois

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Ricardo Simões

Finalmente, depois dos hotéis, dos restaurantes, dos cafés, dos bares, até depois das discotecas,   finalmente, os teatros voltaram a poder usar a totalidade da sua lotação!

 

Estando em vigor desde 1 de outubro, a primeira vez que a Sala Principal do Teatro Municipal Sá de Miranda voltou a abrir a 100% desde o início da pandemia foi no passado dia 8 de outubro, sexta-feira, às 21h00, por ocasião da Abertura do Festival Transfronteiriço de Teatro Amador PLATTA de Viana do Castelo, com o espetáculo Milagre no Convento de Santa Maria Joana, encenado por João Amorim, pelo Grupo de Teatro Amador de Lanheses.

 

Foi exatamente a 13 de março de 2020 que se decretou o encerramento preventivo do Teatro Municipal Sá de Miranda, à semelhança do que então aconteceu por todo o país e por todo o Mundo. Na altura, estava em cena O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá, de Jorge Amado, com encenação de Tiago Fernandes, pelo Teatro do Noroeste – Centro Dramático de Viana.

Agora, que emoção ao voltar a ver-se a plateia cheia! E logo com mais de 200 pessoas! Mantendo o uso obrigatório de máscara, claro está. Mas já sem os sanitários lugares de intervalo! E, apesar de ser estranho, no início, estar sentado na plateia e sentir que temos pessoas, de novo, ao nosso lado, a verdade é que, com a máscara (e graças à vacinação!) se está em cada vez maior segurança no nosso Teatro Municipal Sá de Miranda, onde equipas municipais e da companhia residente asseguram o cumprimento de todas as regras necessárias para que os públicos possam continuar a ter experiências culturais 100% seguras.

Não obstante sempre o terem feito durante estes longos meses de lotações de 1/3, 50% e 75%, para todas as pessoas que trabalham num teatro é um marco simbólico voltar a ver as salas cheias. Um marco que talvez só seja superado quando, um dia, pudermos finalmente, e definitivamente, deixar as máscaras de proteção. E voltarmos a estar no teatro, e na vida, como antes. Plenamente.

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