Alto Minho – Uma região ainda por descobrir

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Antero Sampaio

Quando se fala em Turismo, ou no investimento estrangeiro em Portugal, logo são apontados, pela comunicação social, as regiões de Lisboa, do Porto e do Algarve. Parece-me que o Portugal a norte do Douro, não existe.
Felizmente, há outras regiões que não se fala nelas, como o Alto Minho, que exporta anualmente 1,2 mil milhões de euros em têxteis ou componentes de automóveis, que importa apenas 800 milhões de euros de bens e que tem várias empresas estrangeiras instaladas. Como o caso da fábrica de malas LOUIS VUITON, há um ano instalada em Ponte de Lima.
Não é de admirar que o Alto Minho esteja empenhado em ver reconhecido o seu potencial turístico, mas sobretudo queira captar o investimento estrangeiro que tanto pode ser aplicado na construção de fábricas, como empresas de apoio aos exportadores, com a campanha de conseguir novos mercados. Temos excelentes empresários, jovens, com alta formação académica, alguns com NBAs, mão de obra muito qualificada, bons modelos de investimento.
Queremos empresas que se FIXEM na Região, criando postos de trabalho a muitos jovens que desejam viver aqui e criar raízes.
O Senhor Presidente da Câmara de Via-na do Castelo, que é também é Presidente da Comunidade Intermunicipal – CIM do Alto Minho, decidiu criar um novo programa designado ALTO MINHO INVESTE, cujo objectivo é dar a conhecer às Câ-maras de Comércio, às Embaixadas, o potencial industrial, comercial e turístico da nossa região.
Tem havido contactos com comitivas de Angola, Moçambique, Alemanha e do México. No passado dia 25 de Junho, no Museu de Arte Antiga, em Lisboa (porque não no Museu do Traje, em Viana do Castelo), juntaram-se vinte países da América Latina, Europa e Ásia, como a Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Bélgica, França, Rússia, Japão e China. Apesar da presença dos países asiáticos, a aposta da C.I.M. do ALTO MINHO está na América Latina, que se identifica que se identifica com o nosso modelo de trabalho e até com o nosso território.
Como resultado destes encontros, estiveram nas Festas da Senhora da Agonia, embaixadores latino-americanos. O ALTO MINHO É UM CONCENTRADO DE OPORTUNIDADES E É SEMPRE UMA SURPRESA, QUANDO DESCOBREM AS POTENCIALIDADES E QUE TÊM MUITO MAIS VALOR DO QUE DIZEM NOS JORNAIS E NAS TVS. A CONFIRMAR ESTA MINHA AFIRMAÇÃO, A ALTICE ACABA DE CRIAR EM VIEIRA DO MINHO, UM CALL CENTER, DANDO TRABALHO A 50 JOVENS DA REGIÃO. CONFORME O VOLUME DE NEGÓCIOS, PODERÃO SER CRIADOS MAIS EMPREGOS.
Caro leitor, já é tempo do ALTO MINHO, “acordar” para o desenvolvimento em todas as áreas. Para isso, as Câmaras Municipais da Região deverão rever os seus PDMs, evitar burocracias desnecessárias, dar incentivos às novas empresas, criar, se for útil, gabinetes especializados, com pessoal de diversas áreas, para responder, na hora, às solicitações das empresas nacionais e estrangeiras. Negócios que há anos demoravam horas a concretizar-se, hoje são feitos ao segundo. Quem não entender assim, não passa de um mero funcionário que entra às nove horas e sai às seis.

(*) Jornalista

(Foto: “O Minho”)

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