Na recente tomada de posse do reeleito presidente da câmara barquense, a estrada até à fronteira da Madalena foi considerada essencial para a internacionalização das empresas do concelho.
O corredor rodoviário de Viana a Ourense, pelo vale do Lima, é muito importante para a Barca e para os Arcos, mas também o é para os outros concelhos deste vale e para a província galega vizinha.
Com perfil de autoestrada em 55 km e de via rápida ou estrada quase rápida noutros 60, não se compreende que os restantes 30 km, entre a Barca e a fronteira, continuem, ainda, como estrada que, pela sua largura, sinuosidade e perigosidade, só permite circulação segura a velocidades médias inferiores a 60 km/hora.
O plano das grandes rodovias do Alto Minho foi elaborado, há 30 anos, após prolongada luta na defesa dos interesses regionais, travada junto do Governo. Após reunião com o ministro das obras públicas e todos os presidentes das câmaras do distrito, em Lisboa, o acordo estabelecido foi apresentado à comunicação social, em Viana, em janeiro de 1991.
O plano aprovado, quanto ao corredor transversal do Lima, quedou-se apenas pelos Arcos/Barca, por se ter receado que o seu prolongamento para leste prejudicasse o Parque Internacional da Peneda-Gerês. Entretanto, contrastando com o abandono da parte portuguesa, o corredor tem vindo a ser melhorado na Galiza, sem que, desta melhoria, tenha resultado qualquer prejuízo para este parque natural.
Por isso, agora, será de aproveitar os fundos comunitários para que a estrada da Barca até à Madalena venha a ter, pelo menos, um perfil idêntico ao que já tem além-fronteira.
Carlos Branco Morais