Os portugueses voltaram a exercer o dever cívico de votar. Apesar de muitos eleitores terem estado em isolamento sanitário, a afluência às urnas foi maior do que se esperava – mais quase 10% do que em 2019 – e o Alto Minho acompanhou a tendência nacional.
O PS, que tinha 108 deputados, foi o grande vencedor destas eleições, assegurando a maioria absoluta, com quase 42% dos votos e 117 deputados (ainda faltam apurar os resultados dos círculos do estrangeiro). A grande afluência às urnas, o voto útil à esquerda e o voto dos idosos terão contribuído para a maioria absoluta do PS. Costa repete a maioria absoluta socialista de Sócrates!
Além do PS, são ganhadores o Chega (12 deputados) e a Iniciativa Liberal (8). O PSD apenas logrou eleger 76 deputados, saindo derrotado. A CDU (6 deputados), o BE (5) e o PAN (1) perderam. O CDS ficou sem representação parlamentar e, mais uma vez, as sondagens perderam credibilidade!
Os partidos à esquerda do PS, o BE e a CDU, foram destroçados – perderam 20 deputados – mas a oposição à sua direita viu reforçada a representatividade no Parlamento, ficando com mais 12 deputados.
No Alto Minho, o PS ganhou em todos os concelhos, menos em Ponte de Lima, mas elegeu o mesmo número de deputados (3) que o PSD. No concelho de Viana, o PS ganhou em todas as freguesias, menos em Torre e Vila Mou, onde o PSD foi o mais votado.
Os portugueses não se alhearam das eleições e o sufrágio foi esclarecedor: a maioria não quer “mudar de página”, quer a continuidade da política e do primeiro-ministro, seu executor!
Agora que a festa terminou, o que é que o PS vai fazer com esta vitória? Que faça dela uma vitória das próximas gerações, nunca o princípio de mais uma derrota dos portugueses!
Carlos Branco Morais