Anotando

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Não será preciso dizer que tudo correu bem nas Festas da cidade, pois os entendidos já o disseram ou ainda o vão dizer. Confesso que a nada assisti. O que ouvi dizer a muitos «mirones» é que desde a Procissão ao Cortejo e restantes números das Festas, esteve tudo quase bem. 

Mas há sempre que apontar o dedo a alguma coisa que nos chama a atenção. Já em demais anos me tenho referido aquele frondoso e acolhedor «Jardim D. Fernando». Custa vê-lo, pelo menos agora, por altura das Festas, sem umas lâmpadas, sem uns bonecos, sem nada que o enalteça. Outrora, por ali se via umas pequenas barracas, que vendiam toda a tralha. É um sítio paredes meias com o recinto das Festas, que se mostra aos que nos visitam – e são aos milhares – especialmente à noite, autêntico farrapo, qual mendigo pedindo clemência!… Porque será que isto acontece? 

Talvez aqui, a quem compete fazê-lo, ficasse bem uma chamada de atenção à Comissão de Festas. E porque não, a classe piscatória fazer parte da dita Comissão? Se assim fosse, pugnariam para que o local de festas (Campo da Agonia) fosse o que foi outrora, percorrido por Bandas de Música ou Grupos de Bombos. A ornamentação nestas redondezas era digna de ser admirada. Agora, é o que se vê!…

Com certeza que, tal como eu, repararam que em redor da estátua ao pescador, situada no Campo da Agonia, eram lá colocados 4 painéis de cariz regional que davam àquele local uma certa alegria. Pois, este ano, só lá estavam dois. Até julguei que os outros dois tivessem ido de férias!… Mas não, eles estavam colocados no terreno junto à Marina, acompanhados de mais. Porque não foram colocados no esquecido Jardim? Por certo, tapariam algum furo que fosse. É preciso que, doravante, se tome em atenção este esquecimento. O Jardim D. Fernando não é menos que outros jardins. Desprezando-o, é o mesmo que lhe dizer que já está inoperante. É bom não esquecer que as suas frondosas árvores foram e são ainda o refúgio ao sol e ao calor. O amanho dos tapetes, de excelentes efeitos, que embelezam as ruas onde irá passar a «Senhora», dão sempre muito trabalho, mas a vontade tudo supera, o mesmo acontecendo com o embelezamento dos barcos que fizeram parte da Procissão ao Mar onde, no barco «Senhora de Fátima, pertença de Graciano Salgueiro, Nossa Senhora irá «navegar», abençoando tudo e todos. 

As nossas Festas são sobejamente conhecidas em todo o mundo, daí um visitante brasileiro se propor realizar em honra de Nossa Senhora da Agonia, lá no Brasil, tais festejos, se possível, na mesma data em que se realizam as nossas.

Otelo Sousa 

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