Estamos no final de mais um ano. Período de balanço e reflexão, mas também tempo de esperança, de antecipação de cenários, de formulação de desejos.
Um ano em que a guerra voltou à Europa, em que o impensável aconteceu. Depois da crise provocada pela pandemia de Covid-19, a guerra desacelerou a recuperação global da economia e aumentou a inflação em Portugal e em todo o mundo. Combustíveis, energia, transportes, produtos alimentares são alguns dos setores onde os portugueses sentem os efeitos do atual cenário de guerra.
Para controlar a inflação, para níveis desconhecidas na nossa história recente, em 2022 o BCE já aumentou por quatro vezes as taxas de juro na zona euro. São conhecidos os terríveis impactos sobre os consumidores e sobre as empresas.
Mas apesar das incertezas e dos enormes desafios às empresas e à economia , o futuro, que é hoje, terá de ser melhor. Os empresários, os portugueses merecem e, em tantos momentos e períodos, evidenciaram a sua resiliência, capacidade de trabalho e de adaptação.
Mais do que nunca, em tempos de enormes desafios para a economia e para as empresas, temos de ser uma sociedade solidária e atuante. Os mais vulneráveis têm de ser devidamente apoiados, os diversos instrumentos financeiros, parte não executada do PT2020, PRR e PT2030 terão de estar disponíveis e os incentivos têm de chegar rapidamente às empresas. Estes projetos são fundamentais para o desenvolvimento do país. Um desenvolvimento assente nas empresas e na economia, nas pessoas, na sustentabilidade e no território.
Num mundo em convulsão, em que a incerteza é uma constante convém deixar lugar para a esperança e para o trabalho.
Seja na vida pessoal ou empresarial, a construção do presente e do futuro faz-se pelas mãos daqueles que prosseguem sempre por mais e melhor.
Se queremos ir rápido vamos sozinhos. Se queremos ir longe vamos acompanhados.
Paz e saúde. Boas festas.
Manuel Cunha Júnior