Em continuação da apresentação de curiosidades da Misericórdia de Viana traz-se, hoje, a lume a botica junto ao hospital.
1775 – Fundação da botica sob proposta do Provedor João de Araújo Lima. Para tal, compraram-se as casas de Manuel da Cunha, de Darque e as de João Gomes de Abreu Lima, junto ao Hospital da Santa Casa pelo lado da rua de Sant’Ana. Fizeram-se as obras necessárias: casa para estabelecimento da botica, seguida da destinada à residência do boticário.
Manuel dos Santos de Brito – Foi o primeiro boticário, transportou os remédios da sua própria botica. Estes foram avaliados pelo boticário do Convento do Carmo, frei João, no valor de 160$230 reis.
1777 – Santos Brito continuava à frente da botica e “mostrava muita diligência, conhecimento e zelo”.
1887 – Tendo falecido o velho boticário do hospital, Manuel José Pimenta, ali estabelecido desde 1859 publicaram-se vários avisos no Jornal de Viana para propostas de arrendamento da farmácia, comparecendo os boticários Gaspar Simões Viana, desta cidade, e Bento Joaquim Pereira Veiga, de Braga. A proposta que oferecia maior vantagem era a de Gaspar Simões Viana, pela quantia de 97$000 reis anuais. Este era um farmacêutico moderno pelo que substituiu os boiões de louça por frascos de vidro.
1891 – O provedor António d’Abreu Lima Pereira Coutinho propôs que fossem vendidos alguns dos vasos de loiça existentes na antiga casa da Farmácia do Hospital e que se solicitasse ao Sr. Governador Civil a devida autorização.
Resultado da
arrematação dos vasos
Dr. Guerra Junqueiro – 35 vasos grandes e pequenos – 19$650 rs.
Serafim de Sousa Neves – 55 vasos, alguns quebrados – 16$660 rs.
Velho Barreto – 6- 2$300 rs.
Manuel Couto Viana – 8 – 3$500 rs.
Domingos Gomes Rosa – 8 – 5$200 rs.
José da Cunha – 4 – 1$100 rs.
Henrique Bravo – 4 – 3$600 rs.
Dr. Monteverda da Silva Lobo – 10 – 5$900 rs.
Dr. Luís Oliveira – 18 – 11$200 rs.
Fonte: ARAÚJO, José Rosa (1981), Arquivo do Alto Minho, vol.26 (VI da 3.ª série).