A escola e a sustentabilidade do nosso desenvolvimento

Carlos Branco Morais
Carlos Branco Morais

Tanto a educação como o ensino e a instrução preparam-nos para a vida. A primeira fá-lo pela transmissão e aquisição de modelos de comportamento que enformem a nossa personalidade. E o ensino e a instrução fazem-no pela transmissão e aquisição de conhecimentos e aprendizagens.

A família educa e ensina, sobretudo nos primeiros anos da nossa vida. A escola – de ensino infantil, básico, secundário ou superior – ensina e também contribui para a educação dos alunos. E os indivíduos podem e devem, sempre que possível, aumentar a sua instrução pela aquisição de conhecimentos e aprendizagens fora da escola, nas empresas e associações ou por autodidatismo.

A escola, pública ou privada, tem o monopólio da certificação de conhecimentos e aprendizagens para o exercício de muitas atividades profissionais, desde a medicina à condução de viaturas. E a administração pública, regional e autárquica recruta os seus servidores mediante a apresentação de certificações escolares. Mas os políticos, os empresários e os trabalhadores das empresas não carecem de habilitações escolares, salvo para o exercício de atividades profissionais de certificação obrigatória. Numa sociedade, como a nossa, em que o Estado emprega grande parte da população ativa, a escola, quase toda pública, e sobretudo a de ensino superior, especializou-se, principalmente, na formação de funcionários públicos, entre eles os das escolas, cada vez mais mal remunerados.

O crescimento da produção nacional tem sido diminuto, devido ao cerceamento da liberdade de mercado que decorre da ação regulamentadora da pesada máquina burocrática pública e à elevada carga fiscal a que as empresas e as famílias estão sujeitas. 

Mesmo assim, muitos jovens abandonam a escola, porque perdem a esperança na utilidade da sua formação “para ontem”, e lançam-se no mercado de trabalho ou criam a sua própria empresa, sobretudo na área dos serviços do turismo e das tecnologias da informação.

São estes jovens – e as dezenas de milhares de emigrantes, quase todos também jovens – que têm possibilitado o nosso magro crescimento económico! 

E pergunto: Até quando este modelo de desenvolvimento será sustentável?

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