A Fortaleza de Valença

Carlos Branco Morais
Carlos Branco Morais

A Fortaleza de Valença, uma das maiores e bem conservadas estruturas militares da Europa, tida como joia da arquitetura abaluartada, foi recentemente considerada atração turística mais popular no Alto Minho.

A relevância de Valença remonta ao século XIV, quando os clérigos não cismáticos da diocese de Tui, a qual abrangia o nosso entre Lima e Minho, proclamaram a sua autonomia, sediando na então vila raiana a Administração Apostólica deste território e dando início ao movimento que culminou com a instituição da diocese alto-minhota, em 1977.

Embora em terras  valencianas tenha sido boa a visibilidade da Igreja, não só pela sua colegiada, mas, também, por elas terem sido berço do primeiro santo português, a história de Valença está indelevelmente associada à sua Fortaleza e aos milhares de militares que a guarneceram, sobretudo desde a restauração da independência de Portugal.

Até pouco depois do fim da Primeira Grande Guerra, grande parte das forças militares do Alto Minho, de infantaria e de artilharia, aquartelaram-se na Fortaleza de Valença, onde chegou a estabelecer-se o embrião de uma quase academia militar.

Após décadas de abatimento, mitigado pelo pequeno comércio e por algumas unidades industriais, Valença e a sua Fortaleza renasceram com a entrada de Portugal e da Espanha na União Europeia que apressou a sua ligação, por autoestrada, aos grandes centros ibéricos e europeus.

Dotada de ensino superior de ciências empresariais, desde 2001, elevada a cidade, em 2009, e unida a Tui, com a qual constitui uma euro-cidade, Valença espera agora que, até 2030, a alta velocidade ferroviária ibérica a ligue, em 15 minutos, à maior cidade galega, Vigo, em 45 minutos, ao Porto e, em pouco mais de 2 horas, a Lisboa.

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