A liberdade é um bem precioso

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Acabámos de comemorar os 49 anos da Revolução de Abril. Foi em 1974 que se abriram definitivamente as portas da liberdade, colocando um ponto final num regime iníquo, cerceador das liberdades fundamentais, que prendia, condenava e matava para se perpetuar no tempo, assim resistindo ao longo de 48 anos. Já lá vai quase meio século. Tempo avantajado, sem dúvida. Daí alguns dizerem que basta de falar do Estado Novo, porque é mais o tempo que temos de democracia do que de regime repressivo; argumento que, parecendo lógico, não o é tanto. É verdade que não podemos olhar muito para trás e esquecer que temos um futuro a conquistar; mas não é menos autêntico que omitir o passado é dar espaço a quem sonha com o regresso de falsos messias, como se vai constatando todos os dias.

Felizmente, em cada ano comemorativo da revolução, o povo, com as suas iniciativas, mostra como ama esta saudável liberdade, compreendendo que só neste enquadramento político é possível exigir e construir um país cultural e economicamente avançado. No Norte – neste Norte que tão esquecido foi e que dessa condição ainda não está totalmente liberto – um pouco por todo o lado, em variadas ações, afirmou-se a vontade de progredir, rejeitando os conceitos ditos moralizadores, mas que mostram bem o seu cariz, visível na Casa da Liberdade, no ato de receção ao Presidente do Brasil, nação com quem, por razões históricas, temos profundos laços de amizade.

No nosso espaço nortenho, tal como um pouco pelo Portugal inteiro, o 25 de Abril foi muito às escolas, para, em forma descontraída e alegre, se falar com a juventude sobre o tempo da pobreza, das prisões, da guerra, do atraso cultural e tantas outras indignidades, mas também para falar do Estado Democrático, que se deseja aprofundado nos seus princípios, com mais harmonia entre regiões e pessoas. Louve-se esta prática que, não sendo nova, se nota cada vez mais desejada. O novo mundo só pode ser construído entre todos e com todos.

                                                         GFM

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