A Nação exige mais de nós

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Sejamos claros: queremos ser serenos perante a pandemia, deixar trabalhar os poderes e os profissionais de saúde ou dramatizar, enfatizando descoordenação e incompetência? Queremos que o país vacine com eficácia para que estejamos na dianteira na defesa da população ou queremos autoflagelar-nos por causa de umas quantas vacinas inoculadas indevidamente?

Só não sabe quem não quer, ou quem está apostado no quanto pior melhor, que estamos perante um desafio que o mundo, por desconhecimento, tem dificuldades em dominar e que as soluções são lentas. E, olhando para o universo, os problemas são semelhantes em todos os países. Hoje, infelizmente, estamos na dianteira em termos de infetados e mortos, mas já estivemos no pelotão dos melhores, com uma situação satisfatoriamente controlada, apesar de todos os custos, particularmente em mortos.

A crítica merece aplauso e ninguém está isento dela, mas o que se verifica é que somos um país pouco dado à critica serena e pedagógica. O bota-abaixo que se instalou entre nós, particularmente à volta da vacinação, chega a ser doentio. E os críticos já deviam ter constatado que a população já se cansa deste maldizer permanente.

Alguém esperava que num processo tão complexo não houvesse problemas e desvios pontuais, por mais cuidados que fossem adotados? Só pensa assim quem vive na utopia. Acontece em todas as nações, basta estar atento para o constatar. Se o mundo fosse perfeito, nem a justiça era necessária, mas assim não é, porque todos somos diferentes. É imperioso colaborar para que tudo corra bem, acreditando em quem está no terreno, independentemente dos reparos que devemos fazer em relação ao que corre pior, porque falhas no processo haverá sempre.

Viana, pela informação que nos chega, para além do que está feito, também se está a preparar para uma vacinação em massa, tal como acontecerá no resto do país. Mobilizar-se-ão todos os recursos ao dispor, em equipamentos e, particularmente, médicos e de enfermagem, para que tudo corra bem. E não há razões para não acreditar no sucesso desta importante e esperançosa tarefa. Como dizia, há dias, Álvaro Beleza, médico do Hospital de Santa Maria: “para esta situação pandémica grave, os portugueses podem contar com um Serviço Nacional de Saúde robusto e dos melhores do mundo”.

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