A paz é o maior valor da humanidade

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E ao tema voltamos; apesar de não faltarem assuntos que têm a ver com o nosso futuro e a nossa forma de estar. Mas uma guerra que constitui um flagelo para os povos em litígio e tem consequências desastrosas para a humanidade em geral, é assunto demasiado sério para ser omitido.  

Não podemos ser indiferentes ao que se passa nessa guerra insana que acontece na Ucrânia, resultante da invasão da Rússia. Não nos pudemos alhear da tragédia que constitui ver um povo em sofrimento, fugindo da morte apenas com a roupa do corpo, e a destruição de cidades inteiras, que vão consumir recursos desmedidos e tempo infinito para se reconstruirem, deixando desabrigadas e sem meios milhares ou milhões de pessoas. 

Não há razões para antagonismos. E estes só acontecem porque o mundo nunca se libertou de dirigentes despóticos, de baixo nível moral, e orgulhosos da sua condição nacionalista. Porém, quase sempre com o objetivo de tirarem proveitos políticos ou materiais das discórdias que instigam e alimentam.

O mundo precisa de governantes ligados ao povo, amantes da paz, dialogantes, que estejam sempre na condição de se afastar quando não são solução para evitar ou pôr fim aos conflitos. Nunca se avalia convenientemente as razões que motivam as guerras e as condições em que delas se sai; mas o que devia ser válido para todos é que, nestas, ganham alguns, mas perdem quase todos, a começar nos estratos populacionais mais carecidos. 

É por isso urgente terminar com esta guerra dilacerante à porta da Europa de paz, que em paz vive há quase 80 anos. É preciso despir orgulhos e, se falta fizer, negociar com o diabo para pacificar minimamente esta parte da terra que, apesar de tudo, ainda é o melhor continente para ajudar a promover o equilibro do universo na sua totalidade. É necessário que dirigentes ajuizados se apercebam que numa guerra nunca há vencedores totais, porque uma guerra vencida deixa sempre as sementes de conflitos futuros. Atente-se nas razões que, em boa parte, originaram a segunda guerra mundial, desencadeada pelos vencidos da primeira.

Os povos não precisam de discórdias, nem tão pouco as alimentam. Os povos do que necessitam é de ver os seus problemas resolvidos, irmanados e em paz. Com a guerra, sempre lucraram, e vão continuar a lucrar, as empresas do complexo militar industrial, como já está a acontecer, com valorizações astronómicas, enquanto o resto da economia mundial definha. Venha por isso a paz, porque o futuro mostrará quem dela escarneceu e não respeitou os anseios dos povos.

                GFM

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