No começo dos anos 90, a área de muitos hectares, entre as capelas de S. Vicente e de S. João d’Arga, era apenas servida pela estrada da Abelheira e alguns caminhos. Para a cidade de Viana, que se pretendia ultrapassasse rapidamente os 40 mil habitantes, depois de reservadas ecologicamente as encostas de Santa Luzia e os terrenos férteis das várzeas ribeirinhas, havia que dotar aquela área de melhores condições para o seu aproveitamento urbanístico.
O Plano Diretor Municipal de 91 definiu os espaços-canal viários para o crescimento equilibrado de todo o concelho e, de entre estes, destacou-se, pela sua importância, o “itinerário complementar”, desde os nós da autoestrada, em Viana, até Afife. O projeto desta via estruturante das fraldas sul e oeste do monte de Santa Luzia, entre este e a linha de caminho de ferro, foi candidato a fundos europeus e mereceu logo financiamento prioritário.
Tratando-se de um dos maiores projetos viários municipais do século passado, foi decomposto em 3 fases: a 1ª, desde S. Vicente até S. João d’Arga, na estrada para Santa Luzia; a 2ª fase, daí até aos Sobreiros, pelas traseiras do Hospital, em plano inferior a este; e a 3ª fase, por Areosa, Carreço e Afife, aproveitando e beneficiando a estrada velha, nesta última freguesia.
Até fins de 93, concluiu-se a 1ª fase, elaboraram-se e aprovaram-se os projetos das outras duas fases, incluindo os dos arruamentos transversais de ligação à Estrada Nacional nº 13, e iniciou-se a aquisição dos terrenos necessários para a sua execução.
Agora, tantos anos decorridos, são cada vez mais os que se interrogam sobre as razões da não continuidade de tão importante projeto para Viana e para a melhoria da acessibilidade ao seu Hospital.