Se considerarmos ou retivermos um pouco mais de atenção na ABSTENÇÃO, não exageraremos se dissermos que esta caminha a passos largos para ser a vencedora?!…
Qual então será o significado deste resultado potencialmente dominador? Se uma substancial parte respeitar aos “mortos-vivos”, a aguardar serem saneados dos cadernos eleitorais, por si só não nos dispensam da persistência e pertinência da dúvida. Ou dito de outra forma, em nada ou pouco, a abstenção pelos mortos beneficia.
Será então admissível que os “carnavais” pré-eleitorais ainda possam subsistir nas Ilhas e em alguns daqueles dias das feiras semanais concelhias; de resto já consideramos todos esses cortejos condenados ao menosprezo pela maioria dos cidadãos. Tanto mais, quanto os escândalos de compadrios e ou de aproveitamentos do posicionamento político ganho.
Seja o aproveitamento despudorado de outras mais valias praticadas pelos senhores deputados em proveito próprio, nomeadamente quando em regime de exclusividade não lhes permite profissional e, sobretudo, eticamente, qualquer tipo de acumulações.
Outra vertente que pode estar na base deste abstencionismo dirá, certamente, e também ao exagerado número de deputados para a Assembleia (“nacional” de 150 deputados, nesse tempo) contra os 230 actuais da Assembleia da República.
Tudo isto e muito mais, do que agora se reflectiu e nos ocorreu, já devia ter sido atempadamente resolvido a bem da Nação e da evocada ética republicana que tem tão pouco sido devidamente seguida.
Depois querem votos que, no final de contas, vem satisfazendo demagogicamente toda a casta de partidos (até um de extrema-direita) que é o espectáculo a que esta Democracia se tem prestado e tem costas largas!