Agora, governe-se

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Gonçalo Fagundes Meira

Os novos membros dos Órgãos Autárquicos estão praticamente empossados. Temos gente nova a fazer a pequena/grande gestão pública dos nossos interesses. E todos estes poderes têm a sua importância, sejam as Assembleias e Câmaras Municipais ou as Assembleias e Juntas de Freguesia. Se as primeiras têm fortes responsabilidades no domínio do crescimento económico dos espaços concelhios, sem nunca esquecerem a qualidade direta de vida dos munícipes, aos segundos também aí lhes cabe a sua quota parte, mas, particularmente, o encargo de uma política de forte proximidade aos eleitores. Infelizmente, em muitas freguesias do país, estes pequenos Órgãos são praticamente o único recurso disponível para resolver problemas prementes das populações, muitas delas já em idade avançada. E o Alto Minho não escapa a essa fatalidade. Daí pouco ou nada benéfica a criação de Uniões de Freguesias, da qual resultou quase nula poupança financeira e forte prejuízo na interação com as pessoas. Não é por acaso que os políticos são tantas vezes acusados de só se preocuparem consigo, embora seja de reconhecer que, muitas vezes, injustamente.

Somos hoje uma democracia adulta e estruturada, com respeito pelas ideias e práticas de cada um. Estas eleições autárquicas provaram-no de novo. Pequenos exageros, próprios do calor das campanhas, foram insuficientes para ofuscar o louvável comportamento cívico da parte de quase todos: partidos, candidatos e eleitores. Trabalha-se agora no encontro de consensos, onde eles são obrigatórios e não só, de forma a proporcionar uma boa e segura gestão de cada autarquia. Observando o passado, também por aqui a democracia deverá sair reforçada, manifestando os eleitos desapego pelo poder e vontade de servir as populações que os elegeram. Que assim seja. Os eleitores, para se aproximarem mais de quem os representa, precisam de bom serviço público.

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