Depois de várias gerações que se “bateram em Angola por Portugal, nos 13 anos de guerra (1961-74), chegou agora a vez das novas gerações, do séc. XXI, “se baterem” por Angola em Angola. Como e porquê? Simples, porque Angola foi e continuará a ser uma continuidade da língua e parte da cultura portuguesas em África, para o bem e para o mal. Como foi também o Brasil e outras comunidades e países de língua portuguesa…
Angola, sendo 14 vezes e meia maior que Portugal, tem uma riqueza de solos e subsolos com quase todas as matérias-primas do planeta. Com paisagens magníficas e climas para todos os gostos, para além da facilidade de entendimento linguístico e cultural, é uma alternativa para migrarmos para África com “armas e bagagens” e, aos poucos, fixarmo-nos por lá, num qualquer recanto daquele diversificado e rico território africano (em homenagem a Norton de Matos e a Henrique Galvão).
É utópico, pois será, porque, problemas, terá já q.b., João Lourenço (pg.3) no começar a arrumar a casa e a sua gente!…
Desta Europa do desassossego em clara fractura, de difícil equidade económica, etc., só nos resta juntarmo-nos à África de língua portuguesa, onde ainda podemos ter alguma utilidade para as gerações futuras. Como fazê-lo? Será difícil, nesta sociedade ultra liberalizada, em desenfreada economia de mercado, olhar pelos mais desfavorecidos, ainda por cima por alfabetizar. Não há utopias que nos convençam, mas seria a grande e última epopeia de Portugal em África e no Mundo. Sem paternalismos, estamos moralmente “condenados” a tentar esta única saída que seria de felicidade para as gerações futuras de ambos os povos.
Em força para Angola, com centenas de “tablets” (ardósias e lápis de pedra) para começar a luta pela alfabetização.
Angola precisa de nós…, mas nós, mais de Angola.