Apelo e sugiro

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A reflexão é condição importante para a resolução dos problemas. Contudo, “A dor de pensar”, como Fernando Pessoa eternizou, tem-se tornado um exercício doloroso para as pequenas e médias empresas (PMEs) portuguesas que, nos últimos tempos, têm passado por acentuadas dificuldades, consequência maior deste (interminável?) período pandémico. 

A carta aberta, da responsabilidade do Dr. Filipe Soares Franco, dirigida ao Senhor Primeiro Ministro e publicada no Jornal “Diário de Notícias” de 12/01/ 2022, estimulou a vontade de, pela primeira vez, emitir a minha opinião para um órgão de comunicação social com o intuito de procurar sensibilizar a sociedade em geral e, particularmente, o poder político.

Atualmente, como sócio gerente de uma pequena/média empresa de panificação, casa centenária, com uma faturação significativa, tendo em conta a economia da região de Viana do Castelo, ocupando uma mão de obra composta por 20 colaboradores, considero que, em geral, a melhoria salarial dos trabalhadores funciona como fator preponderante para a criação de condições económicas que alavanquem o setor e o contexto social em seu redor. No entanto, para as empresas, é urgente que sejam adotadas pelo Estado algumas medidas favoráveis ao seu dinamismo, particularmente no sistema fiscal, na perspetiva da existência de um escalonamento, de modo a que as que produzem e obtenham lucro sejam tributadas em função desse mesmo lucro, como por exemplo se aplica no IRS, salvaguardando as devidas diferenças.

Considero, também, que as forças políticas deveriam olhar para o exemplo das sociedades europeias mais a norte, sendo imperativo que se avalie a sociedade como um todo e que, mais do que tudo, se ponha de parte a partidarite, mentalidade demasiado enraizada neste país.

Já que estamos no período eleitoral, faço votos para que se vote em consciência e que Portugal saia destas eleições suficientemente preparado para trilhar um caminho de progresso bem definido, já que não basta, recorrentemente, apelar à resiliência e à luta pela sobrevivência.

Luís Ribeiro

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