Regra geral, as pessoas detestam ver ervas consideradas daninhas nas bermas dos passeios ou à volta das casas, arrancando-as ou envenenando-as de imediato. Acontece que a maior parte delas nem são ervas, são plantas, e por vezes bem bonitas. Se as pessoas as olhassem com atenção, veriam que, tantas vezes, se trata de plantas encantadoras.
Esses ervas, como lhe chamámos, para além de embelezar as nossas ruas, são importantes para o nosso meio ambiente, pela sua preciosa ajuda no combate à poluição e, até, uma fonte de alimento para várias espécies de animais.
Devemos dar mais atenção a essas plantas, já que elas podem constituir-se como elemento benéfico para a nossa saúde. Muitos países de tal já se aperceberam e estão a alertar as populações para que não as eliminem indiscriminadamente. Em França, em determinadas povoações já se promovem concursos de beleza, elegendo a rua mais bonita tendo com decoração o que nós apelidamos de ervas daninhas. E assim se sensibiliza as populações a conviverem com o que tantas vezes consideramos selvagem.
E evidente que tudo tem limites e devemos estabelecer equilíbrios entre a natureza e a vida humana, não usando do radicalismo que é tão próprio do Ser Humano, cultivando a mentalidade do “ou tudo ou nada”. É tempo de mudarmos a nossa forma de estar na vida, olhando com atenção a natureza que nos rodeia, caso contrário, muito prejudicaremos a nossa vivência neste mundo.
Ao proteger a natureza, estamos a proteger-nos a nós próprios.
Edgar Silva