São permanentes. A sala principal da sede desta emblemática coletividade, numa sadia iniciativa cultural da direção, é hoje uma montra de arte. Sabendo combinar trabalhos de artistas consagrados com os de jovens principiantes, apostando numa diversidade, em que variadas formas de arte se vão sucedendo de mostra para mostra, o GDCTENVC quer provar que o espaço artístico não passa só por estilos e pessoas. A arte, com maiores ou menores nuances de formas e de modas, será sempre arte, desde que mostre talento da parte de quem a produz. Há pouco tempo, esta Coletividade teve uma bela exposição de Elder Carvalho, uma espécie de retrospetiva na base dos quadros que este bem conhecido artista – um dos fundadores do GDCTENVC – legou à família. Já aqui falamos disso e da saudade que sentimos quando voltamos a ver obras, algumas conhecidas, outras não, onde se patenteava a alegria da natureza.

Mas, logo de seguida, a sala/galeria apresenta-se com uma interessante mostra de antigos postais de caráter amoroso, propriedade de José Filgueiras, para evidenciar também a vitalidade do colecionismo, fundamentalmente na preservação do que não deve ser perdido porque mostra a evolução das sociedades com o decorrer do tempo. Foi outra grande exposição esta de José Filgueiras, onde figurou também um trabalho escrito sobre a história evolutiva do postal ilustrado, demonstrando que tudo o que é feito com profissionalismo resulta bem. Mas já lá está outra mostra. E, depois desta, muitas virão. É a arte a marcar presença na sede do GDCTENVC. Vale a pena ir passando por lá, porque a arte valoriza-nos e humaniza-nos.

PJ