As Forças Armadas e a cimeira da NATO

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Branco Morais

Até ao último quartel do século XVI, a defesa de Viana foi feita por gente válida do concelho que acudia ao chamamento dos “eleitos” municipais, tanto em terra como em galés no mar. E levantado o forte de Santiago da Barra e bem guarnecido este, na segunda metade do século seguinte, tornou-se praça de armas. 

Desde então, a defesa do território nacional passou a ser responsabilidade, cada vez mais, a cargo do Estado. Unidades de infantaria e de artilharia estiveram aquarteladas em Viana e daqui partiram para defender os interesses portugueses, na Europa e Além-Mar. A toponímia local – avenidas, praças, largos e ruas – atesta bem a importância que a instituição militar teve.

Nas últimas décadas, voltados para a Europa e confiados no chapéu militar americano, os efetivos militares e os orçamentos da defesa foram emagrecendo. E crentes de que viveríamos em paz permanente, alguns chegaram a sustentar a tese da inutilidade das forças armadas.

A guerra na Ucrânia alertou-nos, a nós e à União Europeia, para a nossa debilidade militar, obrigando os seus membros a reconhecer a importância das suas Forças Armadas e da sua integração na NATO.

Esta organização de estados garante a liberdade e segurança dos seus membros, através de meios políticos e militares. Fundada em 1949 e sedeada em Bruxelas, conta atualmente com 30 membros, europeus e norte-americanos, sendo Portugal um dos seus 12 fundadores.

No fim deste mês, em Madrid, os líderes dos estados-membros da NATO traçarão o rumo que, na próxima década, seguirá esta organização dissuasora, ao serviço da democracia e da construção da paz. E, nela, os países ibéricos não deixarão de reforçar a sua importância como “fronteira entre continentes e ponte entre culturas”.

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