As origens da visita às igrejas na noite de Quinta-feira Santa:Ordem da Procissão

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Esta inicia-se depois da noite fechada e saindo da igreja da Misericórdia. Mas, antes da saída deverá haver fogaréus ou fogachos e ser iluminada por imensos archotes em todo o seu comprimento. Deve desfilar em duas alas levando à frente e no centro as bandeiras; cada bandeira é precedida por um Sacristão com a vestimenta que lhe compete e que levará um farol aceso.

O tesoureiro da Mesa atual pegará na sexta bandeira levada à frente na Procissão; na quinta pegará o Tesoureiro da Mesa do ano findo; na quarta bandeira será a vez do escrivão da Mesa atual; na segunda pegará o escrivão da Mesa do ano findo; na primeira bandeira deverá pegar o Provedor deste mesmo ano findo. Cada uma das bandeiras será acompanhada de ambos os lados, da direita por um irmão de condição maior e do lado esquerdo por outro irmão de condição menor; cada um destes irmãos levará uma pequena lanterna acesa a fim de que as luzes não se apaguem.

A Procissão continua ao som das matracas tocadas por irmãos de condição menor e mantida em ordem por mordomos de vara preta. Sob o pálio, é conduzida a imagem do Senhor da Cana Verde ou Ecce Homo – aos varais de cujo andor pegam quatro irmãos de condição maior. Nas varas do pálio pegam os irmãos que foram Provedores e Escrivães e na impossibilidade destes seus filhos. Procedem o pálio cantores e músicos que entoam versículos ao versetos próprios do ato e da solenidade, à volta do pálio conduzindo seis lanternas grandes acesas levadas por irmãos de maior condição e dos mais condecorados na irmandade.

Em redor do pálio sentinelas militares armadas, delicadamente afastam o povo à entrada das lereias e esquinas das ruas facilitando a passagem do andor e do pálio. 

O Provedor de capa e empunhando na mão uma vara caminhará à frente do pálio e no centro da Procissão levará à sua direita o Capelão – Mor trajando este o vestido eclesiástico competente com roquete e estola levando pendente sobre o peito de fita vermelha a chave do Sacrário, mostrando deste modo, e publicamente ser ele o Pároco do edifício da Misericórdia. A irmandade levará nas mãos tochas acesas se a noite permitir e percorrerá as ruas habituais entrando em todas as Igrejas que estiverem abertas na altura do trânsito. Fechará o cortejo que acompanha a Procissão um piquete militar que procede a música regimental.

Estas preciosas curiosidades foram fundamentadas numa publicação existente no Arquivo do Governo Civil de Viana do Castelo, Estatutos da Santa Casa da Misericórdia 1869/1898, artigos 202 e 203.

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