Escrevo estas linhas no Domingo de Ramos, dia de abertura das solenidades da Semana Santa, em que entre outras tradições se continua a preservar o costume de os afilhados oferecerem flores ou ramos às suas madrinhas e padrinhos, esperando no domingo seguinte, o Domingo de Páscoa, receber o “folar”, a prenda da Páscoa.

Como  dirigente de uma associação empresarial regional, a caminho de 171 anos de atividade e Instituição de Utilidade Pública, sem padrinhos ou madrinhas que nos ofereçam o folar, mas amparados por todas aquelas empresas que continuam a defender o associativismo e que nos conferem legitimidade para as representar e defender, gostaríamos de receber não um, mas muitos “folares”. 

Desde logo, o fim do trágico e incompreensível conflito na nossa Europa que já provocou milhares de mortes, milhões de refugiados, evidenciou inadmissíveis  fragilidades e provocou terríveis consequências económicas e sociais. Uma maior previsibilidade fiscal e mais amiga das empresas, de quem trabalha e de quem investe. O imediato arranque e execução de programas e projetos (PT 2030; PRR,..) que já há muito deviam estar em execução para potenciar a produtividade e competitividade das empresas, a sua internacionalização, a criação de emprego, superiores níveis de rentabilidade e  de remunerações para os trabalhadores. A rápida descida da taxa de inflação para valores próximos dos 2/3% e que entretanto apoiem verdadeiramente os mais desfavorecidos e vulneráveis.

Como o tem feito desde sempre, a  AEVC continuará a fazer o seu papel: defender e a ser a voz ativa, junto das entidades locais, regionais e nacionais, dos interesses das empresas e dos empresários, apoiando a criação de riqueza, emprego e bem-estar.

Boa Páscoa. Paz e saúde.