Usar máscara, manter o distanciamento social, desinfetar as mãos com muita frequência, não poder sair livremente são exemplos do confinamento geral. E tudo isto por uma razão – covid-19.
De um dia para outro tudo muda, dizem-me que tenho de cumprir as indicações gerais da saúde para não contrair o coronavírus, fico chocada, mas aceito para o meu próprio bem e bem dos outros.
Nesta loucura que é vivenciar uma pandemia, mesmo parecendo impossível, nem tudo é mau: com o confinamento pude acordar mais tarde, melhorei a minha saúde mental e física e tive mais tempo para mim.
Apesar de poder ter estado bastante mais tempo com a minha mãe, o que é ótimo, não pude estar tantas vezes com o meu pai, já que vivemos separados. A angústia de ver como o mundo mudou cresce: o medo de perder um dos meus; a preocupação em pensar que pode ser a minha uma das muitas famílias que, por perda dos empregos, ficaram sem dinheiro, a saudade de tudo e de todos, principalmente dos abraços e dos afetos dos meus.
Todos estamos mal com tudo isto que nos aconteceu em 2020, mas temos de superar e tentar evitar mais desastres. Todos queremos que tudo acabe e que os nossos familiares e amigos saiam ilesos. Para isso temos de nos adaptar às novas realidades!
Beatriz Fonseca