Cristiano Ronaldo e os golos

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A. Lobo de Carvalho

Acompanho, regularmente, o que a imprensa comenta sobre Cristiano Ronaldo e não deixo de me regozijar com os golos que marca, sobretudo, pela seleção nacional, fruto de um intenso trabalho individual e coletivo a que soube dedicar-se com extrema determinação. Nascido para o futebol, as suas dinâmicas de um ilhéu lutador evoluíram e transformaram-no num futebolista conhecido e respeitado no mundo inteiro, levando o nome de Portugal aos mais recônditos lugares do planeta. Com efeito, a sua magia na arte de conduzir e dominar a bola atingiu níveis nunca antes alcançados, que o tornaram numa rara estrela do futebol mundial.

Mas também no campo do eterno feminino fez as suas incursões e são-lhe conhecidos alguns êxitos em desafios que protagonizou, sempre em companhia de jovens bonitas e disponíveis, ou não projetassem nele o sonho de uma apólice de seguro de vida! A paixão pelos veículos de luxo é, igualmente, bem conhecida, assim como os seus interesses no ramo do alojamento turístico e outros negócios, onde o sucesso não para. A família tem sido extremamente beneficiada com o sucesso da sua carreira e isso denota que o Cristiano respira bons sentimentos e privilegia os do seu sangue, e não só, o que é de enaltecer, embora por vezes perca algum brilho que resulta da ostentação de excessiva arrogância, que se lhe perdoa, mas que não lhe assenta bem porque não precisa disso para nada. Aproveito para lhe desejar um futuro auspicioso quando arrumar as botas, pois bem o merece. 

Dos jogos que fez no eterno feminino, são do conhecimento público alguns remates certeiros e outros falhados. Dos certeiros destaca-se a família que em boa hora constituiu e que lhe trouxe a estabilidade emocional desejada, mas, dos falhados, ressalta um que, pela sua natureza e divulgação pública, lhe roubou, certamente, muito sono, e o fez gastar umas boas centenas de milhares de dólares, colocando-o na contingência de ter de pagar dezenas de milhões. Foi aquilo a que se poderia chamar uma cabeçada para uma baliza armadilhada…

Muito recentemente, a imprensa noticiou que o Cristiano foi ilibado da acusação que a norte-americana Kathryn Mayorga lhe moveu na Justiça, alegando ter sido vítima de violação, que teria ocorrido num hotel da Cidade de Las Vegas.

Sendo também conhecida como a cidade do vício, onde tudo existe para a satisfação do corpo em plenitude, o negócio do jogo e do sexo assumem particular relevância, até porque o dinheiro circula aos biliões e gastam-se enormes fortunas. Como capital do jogo, que reconhecidamente é, ali acorrem milionários, curiosos, viciados e predadores de toda a espécie em busca da sua sorte num ambiente em que, naturalmente, não faltam jovens e bonitas mulheres que, como aperitivo, provocam emoções descontroláveis em paralelo com a procura da segurança económica, prestando-se a todos os deboches. Dispostas a tudo, muitas já nem levam cuecas vestidas nem soutien, na expectativa de umas rapidinhas com alvos pré-estudados. Quase apostaria que naquele ambiente louco será extremamente raro, senão mesmo impossível, encontrar uma rapariga séria, para não dizer virgem!

Pois o nosso concidadão Cristiano, na ânsia da descoberta dos prazeres da vida que a sua juventude lhe exigia, também sucumbiu à euforia do ambiente psicadélico, da música e do jogo do sexo, não resistindo aos encantos da jovem Maiorga – revelando, aliás, muito bom gosto – com quem se deleitou e fartou de dançar e afagar (como mostraram imagens de TV), deixando a testosterona à solta! Do jogo amoroso à cama para uma “queca” foi uma vertigem, mas surgiu posteriormente o reverso da medalha, que não fora previamente avaliado. A menina Mayorga queixou-se de que foi violada e o Cristiano ficou com falta de ar, em vista das possíveis e gravosas consequências. Pensando, ingenuamente, que o dinheiro tudo resolvia, tentou remediar o problema oferecendo-lhe, segundo a imprensa, cerca de trezentos mil dólares para esquecer o caso, mas a menina alegou que o golo sofrido fora demasiado doloroso e, a conselho de uma advogada, moveu um processo ao Cristiano, por violação. E então, para obter a independência económica para o resto da vida exigiu-lhe uma indemnização de cerca de sessenta e cinco milhões de dólares, por danos presentes e futuros, pagamento de advogados e custas judiciais. Este deve ter sido o mais doloroso remate de cabeça do Cristiano, não por fazer golo, mas porque a baliza estava armadilhada, provocando-lhe as maiores dores penianas que alguma vez tenha imaginado. Felizmente para o nosso concidadão, a juiz que julgou o caso, que não deve, certamente, ser fã das teorias do feminismo radical, absolveu-o, assim terminando a “queca” mais cara da história.

Este caso é um alerta que deve ajudar a refrear os jogos amorosos e os ímpetos sexuais do momento, em convívios aquecidos pelo álcool e drogas, em vista das possíveis consequências que podem afetar o futuro dos jovens e não só. Um feminismo radical que tem vindo a instalar-se na sociedade, com alguns êxitos na produção de legislação, pode transformar um simples galanteio numa acusação de assédio sexual ou algo mais grave, o que não deixa de ser caricato. Talvez, por isso, os chamados casamentos homossexuais venham a ganhar terreno, com a desestruturação do conceito e do modelo da família tradicional.   

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