De novo, o porto de mar

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A Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL), depois de um ano de interregno forçado, devido à situação pandémica que o país tem vivido, retomou a iniciativa “portas abertas”. Em Viana, foram dois dias (22 e 23) a mostrar a vida do porto, em todas as suas valências, particularmente aos alunos das escolas, medida que só pode ser aplaudida. As entidades, sejam de que tipo for, não se podem enconchar, porque isso só contribui para a desvalorização da sua atividade e, por vezes, injustamente.

Na manhã do dia 23, na cerimónia pública, em especial para entrega de prémios aos melhores estudantes da região, também marcamos presença, em boa medida com o objetivo de saber das dinâmicas deste centro de atividades marítimas, dada a importância que sempre lhe reputamos no incremento da nossa pequena economia.

Já aqui salientamos a relevância que um porto bem estruturado e de vida intensa tem nos espaços em que opera. Não se conhece nenhum nestas condições de que não resulte forte melhoria da qualidade de vida do território (grande ou pequeno) que o acolhe. O nosso, quase sempre esteve envolto em polémica no tocante ao seu dinamismo e ao melhor aproveitamento, quer porque os poderes nunca lhe prestaram a devida atenção, quer porque os vianenses também dele muito se desinteressaram. E entre as gentes de Viana, há que destacar, primeiramente, os que têm a responsabilidade de pugnar pelo desenvolvimento do Alto Minho, onde cabem os agentes económicos.

Mas o passado já lá vai. É no tempo presente que todas as reflexões devem ser feitas. Ao que apuramos, o porto tem crescido na sua atividade, se bem que nas últimas duas décadas tenha tido recuos de monta. Movimentou cerca de 298 mil toneladas de carga durante os primeiros nove meses de 2021, traduzidas num aumento de 8,7% em relação a igual período de 2020. Tal deve-se à movimentação de granéis sólidos, cerca de 1,2%, e líquidos, com de 56,8%. Depois, também ficamos a saber que se prepara um investimento de aproximadamente 20 milhões de euros para reforço do molhe que vai da Praia Norte ao anteporto. Isto depois dos fortes investimentos feitos nos acessos terrestes e marítimos.

Dirá quem está atento e pugna pela boa saúde do porto, porque interessado em que a nossa terra continue a desenvolver-se, se possível bem mais do que praticamente todas as outras, já que sempre nos posicionamos na cauda do crescimento, que ainda há muito a fazer. Claro que há, mas pior seria se não se estivesse a combater a letargia de ainda há bem pouco tempo. Confiemos, mas atentos.

GFM

 

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