Editorial

Bernardo Barbosa
Bernardo Barbosa
1. Carlos “Fidalguinho” tem-nos vindo a oferecer memórias carregadas de afectos — dos anos 50 e início dos 60 do século passado –, relativamente a uma franja da juventude vianense (pg. 18). Seu autor, Carlos …, era dos mais novos do grupo. Seduzido pela companhia que lhe era permitida pelos mais velhos, tem vindo a descrever “in memoriam” a José António Amorim (da família Ciranda), passados todos estes anos, uma personalidade que o marcou e serve de condução a toda esta narrativa, desde que saiu de Viana para Lisboa até à sua prematura morte, no Sanatório do Caramulo. Traça assim uma panorâmica que envolve os jovens vianenses que tiveram a oportunidade de continuar os seus estudos ou mesmo profissionalizarem-se fora desta Cidade. E que continuam a emigrar por necessidade de procura de trabalho depois dos estudos, ou mesmo para a sua conclusão
O episódio (IV) — ora publicado nesta edição (terá mais sete) –, traz à estampa três comuns amigos, infelizmente dois deles já nos deixaram, mas José Silva tem sido um martirizado doente que continua, há quase um ano, hospitalizado no Porto.
2. O nosso Governo  quer “descartar”, num processo que se pode dizer “ad hoc”, valências governativas das mais variadas para as autarquias (pg.7). O que tem provocado as mais diversas  reacções nas autarquias municipais, muitas vezes reduzidas mais ao sabor do voto partidocrático. São competências, designadamente em domínios como a justiça, bombeiros, habitação, praias, vias de comunicação e património. Todavia, as reticências são muitas, pois não se sabe bem qual será o montante do devido envelope financeiro. Até agora, tanto quanto se sabe, só perto de  quatro dezenas de municípios aceitaram todos os poderes que o Estado decidiu transferir. A gestão de estradas e de estacionamento (fiscalização) são das áreas em que há mais recusas.
As transferências de competências resultarão, inevitavelmente, num ainda maior acréscimo financeiro que as autarquias terão de saber gerir, a par do técnico, nas variadas competências.
Parece-nos, no final de contas, que se está a fazer uma Regionalização do território de forma administrativa, mas um pouco atabalhoada, o que iria dar lugar a repartição das valências conforme os interesses, até pessoais, locais.

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