EDITORIAL

Bernardo Barbosa
Bernardo Barbosa

Em Junho de 2018, o Diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) esteve em Portugal, com o objetivo da promoção de uma campanha mundial de exercício físico. Na altura, pouco se salientou a afirmação deste sobre o nosso Sistema Nacional de Saúde (SNS). O mesmo considerou-o como de referência e dos melhores do mundo, apesar das melhorias de que sempre irá necessitar.

Acredita-se que os portugueses, na sua esmagadora maioria, não têm dúvidas de que o SNS, criado em 1979, responde bem melhor que o de muitos países com economias mais avançadas; e, no momento presente, perante uma das mais desafiadoras viroses com que nos defrontamos, mais se evidencia esta realidade.

Contudo, como dizia o Diretor-geral da OMS, muitas melhorias se lhe devem introduzir, com o objetivo de responder mais claramente à procura de serviços, sempre em crescendo, dada a longevidade das pessoas.
Como é do conhecimento geral, os recursos financeiros do país são escassos; daí a necessidade de uma boa gestão de todas as estruturas de saúde, a começar pelos hospitais. E para que a eficácia aconteça, é evidente a necessidade de dotar das mais elementares condições de trabalho aqueles que terão de dar vida ao SNS, quer em meios, quer em condições de remuneração. Um hospital, com profissionais insatisfeitos, não se encontra em condições de receber bem aqueles que, na situação de doentes, dele precisam.

A 28 de fevereiro de 2019, este jornal abordou o problema do não pagamento de subsídios de doença por acidentes de trabalho, com anos de atraso, a vários trabalhadores do Hospital de Santa Luzia. Na altura, questionado o Presidente do Conselho de Administração respondeu que o assunto estava a ser tratado, para ser resolvido em tempo oportuno.

Decorrido mais de um ano, a acrescentar aos anteriores, o assunto continua por solucionar. Práticas deste tipo não contribuem para a estabilidade das Unidades que nos prestam o serviço de que necessitamos.

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