Uma nova fase da nossa vida económica e social está a iniciar-se. A situação pandémica mantém-se, mas não é paralisados que a enfrentamos. O que foi feito, já o afirmamos, até prova em contrário, era o que as circunstâncias exigiam, já que estava em causa a vida das pessoas e o presumível colapso dos serviços de saúde a uma situação de proporções insólitas. Mas agora há que pensar o futuro.
Lentamente a economia entrará em funcionamento, para não corrermos o risco de, escapando ao mal, sucumbirmos à cura, já que os efeitos desta paragem forçada, algo jamais visto, deixaram o tecido produtivo do país seriamente abalado. O tempo dirá de quanto precisaremos para que a recuperação seja de todo possível. Para já, obrigados a redobrados cuidados, vamos continuar a enfrentar o desconhecido. Sem medos, mas cientes do perigo, temos de adotar todas as práticas recomendadas. Somos um país de afetos e cumprimentos efusivos, mas isso tem de ficar para mais tarde, já que ninguém levará a mal. Uma saudação simpática à distância vale tanto como um abraço sentido.
O presidente do município, José Maria Costa, em entrevista publicada na última edição deste jornal, mostrou-se confiante na recuperação dos estragos que a pandemia da Covid-19 está a originar na economia local. É bom ter confiança e pensamento positivo, mas o quadro de degradação económica que o país apresenta não permite sossegos. Acabamos de saber que, até agora, as empresas já pediram ao Governo 9,3 mil milhões de euros. É um indicador que diz bem da dimensão da crise. Reafirmamos a necessidade de estarmos atentos, sermos inteligentes e oportunos na procura de soluções. O problema é de todos, mas em primeiro lugar de quem governa e influencia.
Não podíamos terminar sem lembrar a importância de uma decisão, em tempo oportuno, sobre a realização das Festas d’Agonia. É o maior evento da cidade, de forte relevância na nossa vida económica. Uma decisão tardia cria indecisões e acarreta prejuízos nada benéficos para Viana e a região em geral.