Faltam sanitários públicos na cidade

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Já passaram uns largos anos desde que um dos candidatos autárquicos às eleições fez bandeira da falta de sanitários públicos na cidade. 

De facto, todos foram fechados e, se bem me recordo, havia-os debaixo do coreto do jardim (que foram sepultados), na Rua General Luís do Rego a norte da Escola da Avenida, nas traseiras da igreja de S. Domingos e não sei se me escapa mais algum.

A lógica, penso eu, terá sido economicista, já que assim se eliminaram os correspondentes postos de trabalho dos zeladores. Não sei a que se propõe agora a autarquia, mas tenho ouvido dizer que, na ótica da mesma, não faltarão sanitários nos cafés, restaurantes e supermercados. Só que esses são para os respetivos clientes que terão que fazer despesa, obviamente. 

Temos uma população envelhecida e, por esse motivo, muitos de nós têm boas razões para ter sempre presente onde se pode aliviar eventualmente das necessidades fisiológicas, quando passeia pela cidade. Acresce ainda que os sem-abrigo que frequentam normalmente a Avª. dos Combatentes e que usavam os sanitários do respetivo parque de estacionamento subterrâneo para fazer a sua higiene, agora nem a esse podem acorrer, pois que, ao que parece, entrou em manutenção sine die. 

A alternativa, que eram os sanitários do supermercado Froiz, só é viável pedindo a chave aos caixas do mesmo, não sendo garantido de serem bem-sucedidos. Quer dizer, já não bastava ser sem-abrigo e agora, supostamente, terão de ser muito criativos para conseguirem aliviar as suas necessidades. A autarquia deve entender que isto não é assunto que lhe diga respeito e a deva preocupar e as coisas vão continuando assim. 

No entanto, se formos a outras localidades como, por exemplo, Ponte de Lima, Arcos de Valdevez, Barcelos, Caminha, etc., etc., vemos que em todas elas há sanitários públicos, devidamente limpos e equipados, não se justificando a presença de nenhum zelador, certamente porque as respetivas autarquias valorizam devidamente as necessidades dos seus munícipes e de quem as visita. Fica aqui esta crítica, na tentativa pouco otimista de sensibilizar quem de direito.

                                                          João Santos

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